Lula também disse que agradeceu o apoio para a operação de retirada dos brasileiros de Israel. (Foto: reprodução)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender a punição dos golpistas presos por participação nos atos golpistas do 8 de janeiro, contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Em discurso do ato em defesa da democracia e do Estado de Direito no Congresso Nacional, nesta segunda-feira (8), Lula enfatizou que “não há perdão” para os envolvidos, que serão devidamente punidos.
No início do seu discurso, Lula saudou os brasileiros que lutaram contra o fascismo e em defesa da democracia. O presidente também destacou a atuação das forças de segurança que se negaram a compactuar com o golpe. “Em especial a Polícia Legislativa que, mesmo em minoria, se recusaram a aderir ao golpe e arriscaram suas vidas no cumprimento do dever”, ressaltou.
Lula ainda fez questão de pontuar que a democracia “foi salva”. O presidente elencou todas as consequências, caso o golpe tivesse sido instalado pelos bolsonaristas, mencionando o caos econômico e social, crescente das desigualdades, isolamento no cenário político mundial, e até mesmo o aumento do desmatamento da Amazônia e fortalecimento de garimpos ilegais. “Se a tentativa de golpe fosse bem-sucedida, muito mais do que vidraças, móveis, obras de arte e objetos históricos teriam sido roubados ou destruídos“, ressaltou.
O presidente citou diversos pontos associados a polêmicas que aconteceram ao longo da campanha política do ex-presidente Jair Bolsonaro. Lula ainda mencionou as possibilidades de “enforcamento em praça pública” dos adversários políticos, fazendo menção as descobertas de planos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
De acordo com Lula, todos os envolvidos nos atos golpistas serão “exemplarmente punidos”. Conforme o presidente, não há espaço para perdão. “O perdão soaria como impunidade. E a impunidade, como salvo conduto para novos atos terroristas”, destacou.
Não há perdão para quem atenta contra a democracia, contra seu país e contra o seu próprio povo
Presidente Lula
Lula defendeu que “não há democracia sem liberdade”, no entanto, ressaltou que não se pode confundir a liberdade com a permissão para atentar contra a democracia, muito menos, como autorização para espalhar mentirar sobre as vacinas, “instalação de um regime autoritário e o assassinato de adversários”, acrescentou. O presidente finalizou associando as artimanhas bolsonaristas ao desfecho do 8 de janeiro. “As mentiras, a desinformação e os discursos de ódio foram o combustível para o 8 de janeiro”.
Por fim, o presidente lembrou da forte atuação dos golpistas por meio das redes sociais e lembrou a necessidade de uma regulamentação. “Nossa democracia estará sob constante ameaça, enquanto não formos firmes na regulação das redes sociais”, enfatizou. O petista finalizou sua fala fazendo uma referência ao seu discurso de posse: “Democracia sempre!”, pontuou.