Educação

“Não há condições para retorno das aulas em agosto”, diz presidente do Sinpro

A decisão do Comitê de Operações de Emergências (COE) em postergar a volta às aulas presenciais em Goiás foi recebida com alívio na comunidade educacional. Professores das redes estadual, municipal e privadas se uniram contra a possibilidade, pois não viam condições de retorno em um momento de ascensão da curva epidêmica e sobrecarga no sistema de saúde.

“Não há condições, no momento de curva ascendente da pandemia, de retomar as aulas”, afirmou o presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro), entidade que representa docentes da rede privada, Railton Nascimento. “Há uma pressão muito grande de escolas pequenas, privadas, pela volta. Temos preocupação com emprego e renda, mas a vida é prioridade”, ponderou.

Quando foi ventilada a possibilidade da volta em agosto, professores se articularam nas redes sociais em oposição ao retorno e conseguiram uma reunião virtual com o Ministério Público (MP) e Ministério Público do Trabalho (MPT) para expor a preocupação. A videoconferência foi nesta quarta-feira (22), antes da reunião do COE, e contou com vários sindicatos de profissionais da educação. “A pauta central é essa: não há condições de retorno as aulas no mês de agosto”, reiterou Nascimento.

Na reunião, surgiram algumas opiniões de que a volta deveria ocorrer somente quando houvesse vacina disponível contra a Covid-19, mas o consenso é de que só há possibilidade de volta quando a curva epidêmica estiver em baixa e os protocolos de segurança forem aprimorados e implantados. “Nosso norte é a ciência. Se ela mostrar que há segurança, então poderemos voltar”, destacou o presidente do Sinpro.

Participação nos protocolos

A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) ficou responsável pela elaboração dos protocolos. Nesta quarta, o COE deliberou que eles fossem aprimorados e mais detalhistas. Segundo Nascimento, os professores até foram chamados para participar do gabinete de crise, mas não houve grande contribuição da categoria para elaboração das normas.

“A participação dos professores foi quase nula. É um ponto crítico, pois é importante envolver os professores na discussão. Deveria haver audiência ou consulta pública para garantir a participação de todos. Participamos de reuniões, mas não dá pra dizer que houve uma construção”, pontuou.

O presidente do Sinpro citou a pesquisa da Fiocruz, que mostra que as escolas são um ambientes dos mais propícios ao contágio, e pediu garantias da implantação dos protocolos. “É necessário que sejam apresentados claramente às autoridades, como MP e MPT. As instituições de ensino têm que comprovar que já prepararam seu ambiente e isso foi efetivado”, salientou.

Rafael Tomazeti

Jornalista

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