O vice-prefeito eleito Rogério Cruz (Republicanos) acredita que apesar da matéria ser legal, “não convém no momento” que os vereadores em Goiânia aumentem seus salários. O reajuste valeria também para o prefeito e vice-prefeito e o debate interfere no republicano diretamente, já que além de ser o próximo vice da capital goianiense, ele é vereador da cidade. A declaração foi dada nesta quinta-feira (10/12).
O republicano também pontua que no momento os aumentos para servidores de órgãos públicos estão congelados devido à um decreto federal que não permite tais reajustes. “O projeto na verdade, se acontecer – se – de ser aprovado na Câmara, ele não valerá para 2021. Ele só valerá para 2022 ou após o decreto de que não é permitido aumentar salários em órgãos públicos.”
Segundo o vice-prefeito, o momento não é oportuno, devido ao contexto que a população tem vivido. “Mas repito: existe legalidade, mas no momento não é conveniente. Pelo momento, a crise, pandemia, as pessoas perdendo seus empregos então acredito que não é um momento oportuno para que possamos fazer isso.”
Se vai tentar convencer seus colegas a votarem contra o projeto, Rogério disse que não fará nenhuma intervenção. “Acho que cada um tem seu pensamento e método de trabalho, então não acredito que seja necessário a minha influência para nenhum vereador.”
O republicano também pontuou que não anda acompanhando o assunto por conta de sua agenda representando o prefeito eleito, Maguito Vilela. “Eu não acompanho muito pois não estou indo à Câmara esses dias com os compromissos das agendas em representação ao prefeito eleito, mas estou acompanhando de longe aos poucos com amigos vereadores”.
O que diz o projeto
De autoria do vereador Milton Mercez (Patriota) o projeto altera os subsídios dos vereadores de Goiânia, do vice-prefeito e do prefeito para a próxima legislatura. O parlamentar justifica que os valores não são reajustados desde 2008. O projeto já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
Pelo projeto passará para o equivalente ao teto legal de 75% do valor do subsídio do deputado estadual de Goiás que hoje recebe R$25.322,25. Assim, o parlamentar passará a receber o equivalente a R$18.991,68. A diferença é de R$3.357,04. Em percentual o reajuste é de 21,47%.
Já o salário do vice-prefeito de Goiânia (R$18.155,99) passa a ser fixado como equivalente ao vencimento do vereador de Goiânia. Portanto, tem pouca alteração.
O subsídio do prefeito de Goiânia, que hoje está fixado em R$24.208,02, segundo o projeto, ficará fixado no valor igual ao que recebe o deputado federal de Goiás (R$33.763,00). O reajuste é de R$9.554,98. Em percentual, o reajuste é de 39,47%.