Em entrevista à Rádio 730, a ex-presidenciável do PSOL, Luciana Genro, falou sobre partidos políticos, campanha eleitoral e o futuro do PSOL.
Ao falar sobre reforma política, Luciana Genro declarou que este é um tema complexo, e que se depender do congresso atual, talvez a reforma possa piorar a situação do país. Segundo ela, não é possível aceitar que os partidos ideológicos sejam excluídos do debate. Para Luciana, a reforma só será progressista com a participação popular.
De acordo com a ex-presidenciável, o problema dos partidos políticos não é quantidade, e sim a qualidade deles. “O país precisa ter ampla liberdade partidária. Não é que o Brasil tenha muito partidos políticos, o problema é que eles são ruins. Muitas vezes, eles são apenas instrumentos de barganha política”, reiterou.
Ao analisar a campanha eleitoral de 2014, Luciana Genro disse que apesar da desigualdade financeira, e do “boicote da grande mídia” aos pequenos partidos, “o resultado foi extraordinário ainda que modesto. Nós aumentamos a bancada de federais e estaduais, e percebemos que há espaço para uma esquerda coerente”.
Para Luciana, a discussão de temas como a legalização das drogas e aborto, que foram pautados pela primeira vez nesta campanha, não devem ser esquecidos. Ela acredita que os temas tem que ser ainda mais discutidos e com mais oportunidades para os grupos representantes destas causas.
Segundo a ex-presidenciável, a esquerda do país (PSOL, PSTU, PCB) precisa de unir, e apesar das diferenças, eles estão unidos pelas causas sociais. “Os partidos de esquerda estão aqui para organizar a classe trabalhadora. Nós buscamos inserção nos movimentos sociais”.
Sobre o futuro do PSOL, a gaúcha disse acreditar na juventude. “Nós temos um grande campo de crescimento na juventude. Fomos bem acolhidos por eles e pela comunidade LGBT”. Luciana ainda afirmou que o PSOL não vai se transformar em um partido incoerente para mantes nomes significativos na sigla.
Por fim, Luciana Genro manifestou interesse em disputar novamente as eleições presidenciais de 2018. Segundo ela, se for escolhida pelo partido para a disputa, continuará fazendo o embate político.