“Não é culpa da Secretaria Estadual de Saúde se falta alimentação para pacientes no Cais, não é culpa da Secretaria se falta medicamento, se falta pediatra, se falta clínicos, não é culpa da Secretaria Estadual se tem um escândalo no SAMU que é em nível nacional culminando com a prisão de pessoas, não é culpa da Secretaria Estadual uma regulação que não funciona, que não tem transparência. Enfim, isso não é culpa da Secretaria Estadual de Saúde. Não existe estratégia, existe determinar o que é de cada um”, disse o secretário de Saúde de Goiás, Leonardo Vilela nesta sexta-feira (20) após reunião com a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga irregularidades na saúde de Goiânia.
Durante entrevista coletiva, o secretário foi questionado sobre a interação entre Estado e Prefeitura de Goiânia para a manutenção dos serviços de regulação de pacientes para que sejam atendidos tanto pelo governo estadual quanto pelo município. Para Leonardo Vilela, o Estado de Goiás sempre esteve aberto ao diálogo para com todos os municípios goianos. No entanto, a população deve saber de quem é a responsabilidade de cada área da saúde.
“Vejo que há um anseio dos secretários municipais de saúde do interior todo. A má regulação, a regulação feita sem transparência prejudica o funcionamento dos hospitais estaduais, prejudica a população. Em outros estados, quando essa regulação é feita pelo estado é excelente, é legal, é permitida pelo SUS. Portanto, é uma possibilidade, sim, que estamos avaliando juntamente com os secretários municipais, o governador José Eliton e ouvindo a própria rede. […] Não há nenhum problema do ponto de vista pessoal [com a secretária municipal de saúde, Fátima Mrué]. Acho que falta uma maior participação da Secretaria Municipal de Goiânia nas decisões que são pactuadas entre Estado e municípios”, afirmou.
Em relação às dez vagas que supostamente existem no Hospital Alberto Rassi (HGG), o secretário informou que há um erro no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e que o número correto é de 30 vagas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e não 40.
“O HGG é um hospital de excelência, acreditado com o ONA 3, tem um índice de ocupação de leitos de UTI em torno de 90%, que é absolutamente normal, aceito por todas as entidades médicas do Brasil e do mundo, e nós nunca recebemos nenhum tipo de reclamação por parte da Secretaria Municipal de Goiânia. Apesar disso, estamos com auditoria permanente que audita duas vezes por dia todos os leitos de UTI do HGG”.
Além disso, quem tem que atualizar o cadastro é a Secretaria de Saúde de Goiânia (SMS). “Essas dez vagas constam do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde porque a Prefeitura de Goiânia se recusou a atualizar o CNES. Apesar dos reiterados pedidos, solicitações formais por ofício, a Secretaria Municipal até hoje não atualizou o CNES e por isso que há essa discrepância de termos 30 leitos de UTI no hospital e 40 no CNES. Essa é uma questão indevida, o Estado não pode atualizar o CNES, essa é uma prerrogativa da Prefeitura, que não o faz”, concluiu.
O Diário de Goiás entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, mas ainda não teve retorno.
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