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‘Não dá mais para falar disso como anomalia’, diz Rafael Zulu sobre beijo gay em novela

“Não dá mais para a gente falar disso como se fosse uma anomalia, como uma coisa diferente do normal. O normal, do meu ponto de vista, vai ser sempre o amor. Onde tiver amor, independentemente da forma, eu vou apostar, eu vou acreditar e querer”. A opinião é do ator Rafael Zulu, o Cido de “O Outro Lado do Paraíso”, trama da faixa das 21h da Globo.

Seu personagem beijou o médico Samuel, interpretado por Eriberto Leão, pela primeira vez -pelo menos aos olhos do público- no capítulo desta terça (8). 

Mesmo sem língua, o longo selinho agitou os internautas principalmente porque foi precedido pela coragem de Cido que, sempre rejeitado, ameaçou ir embora.

“Eu não posso ficar em lugares que não querem que eu fique. Sua mãe fez miséria comigo. Samuel, eu vou embora”, disse Cido, que ouviu uma súplica do ando como resposta. “Não vai embora, eu não consigo”, pediu Samuel.

Ajudou a dar um toque ainda mais sensível ao momento a fala de Adneia, a mãe de Cido, papel que coube a Ana Lúcia Torre. “Definitivamente não existe a cura gay, não se pode haver cura se não há doença! O Cido não é doente nem o meu Samuelzinho. Eles apenas se amam. Olha, eu gosto de você, Cido. Muito. Só não queria admitir que gostava. Faz meu filho feliz, por favor”, disse a personagem de Ana Lúcia.

“Eu acho que essa cena de ontem, mais do que qualquer coisa, é necessária. Eu acho que a gente está vivendo, mais do que nunca, um momento oportuno para a gente tratar dessa temática de uma maneira mais série e mais efetiva, como um basta, como ‘já deu'”, diz Rafael Zulu. 

Repercussão

A cena que emocionou internautas fez com que o nome Cido fosse parar entre os assuntos mais comentados do Twitter. 

“Ai, beijo gay na novela e ainda de um negro e um branco”, disse uma internauta. “E agora a família tradicional brasileira vai ao delírio”, disse outra. “Cido, você quer o mundo? Eu te dou”, vibrou uma terceira. 

Mas também teve quem criticasse a cena. E o núcleo, por muitas vezes, tomou ares cômicos –o que, na opinião de alguns internautas, tira a credibilidade de uma temática social importante, o preconceito. 

“Beijo pra recuperar a dignidade do núcleo gay tratado como esquete de humorístico pelo autor. Não rola, queridos. Não rola porque não há empatia para Cido e Samuel, como aconteceu com Félix e Niko, justamente porque foram apresentados o tempo todo como palhaços”, disse Duh Secco, colunista do site RD1, no Twitter, ao lembrar do casal gay de “Amor à Vida”, trama do mesmo autor na emissora exibida de 2013 a 2014. (Folhapress) 

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Thais Dutra

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