Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), por meio do Instituto de Física (IF) e Instituto de Ciências Biológicas (ICB), desenvolveram um estudo que utiliza nanopartículas magnéticas para potencializar terapias contra tumores.
Empregando a técnica de calor para destruir as células cancerígenas, a pesquisa garante não causar prejuízo às células saudáveis, como acontece com a radioterapia. Assim, as nanopartículas magnéticas, que são pequenos imãs em forma de esferas, são colocadas na região tumoral.
Em seguida, é necessário que as nanopartículas sejam submetidas a um campo magnético para que comecem a liberar o calor diretamente no tumor. Outra opção é adicionar quimioterápicos às nanopartículas. Desta forma, quando aquecidas, elas liberarão o medicamento diretamente no câncer, sem prejudicar outros órgãos.
“Espera-se com esta técnica um impacto na qualidade de vida dos pacientes com câncer, especialmente aqueles cujos tratamentos tradicionais não são eficazes”, informa o coordenador do projeto, Andris Bakuzis.
O estudo foi iniciado há cinco anos e realizado em camundongos, que obtiveram melhoras e até a eliminação dos tumores. Segundo a UFG, essa pesquisa já é aplicada em humanos para teste.
Outro tratamento no combate ao câncer, que gerou polêmica no Brasil nas últimas semanas, é a utilização de fosfoetanolamina. A molécula foi sintetizada por pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) há 20 anos.
Até o momento, o que se sabe é que o medicamento, apesar de não ser regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tem trazido bons resultados nos pacientes que fazem tratamento contra câncer.