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Na ONU, Bolsonaro defende tratamento precoce contra Covid-19 e diz que salvou o país do socialismo

O discurso do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque, nos Estados Unidos nesta terça-feira (21/09) teve elementos que algumas pessoas não esperariam que o chefe de estado dissesse mas que os brasileiros já estão acostumados: críticas à imprensa, defesa do tratamento precoce e manipulação de informações numa tentativa de agradar o seu eleitorado mais radical.

Bolsonaro começou demonstrando suas críticas à imprensa. Segundo ele, seu discurso mostraria “o Brasil diferente daquilo publicado em jornais ou visto em televisões”. Passou por cima e ignorou as investigações em torno da CPI da Covid-19 que mostram irregularidades e vacinas negociadas de forma superfaturada. “Estamos há dois anos e oito meses sem qualquer caso concreto de corrupção”.

Não perdeu a oportunidade de ressaltar seus laços religiosos e se colocar como salvador do país frente ao iminente socialismo que os governos anteriores supostamente estavam conduzindo. “O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição, valoriza a família e deve lealdade ao seu povo. Isso é muito. É uma sólida base se levarmos em conta que estávamos à beira do socialismo. As estatais davam prejuízos de bilhões de dólares e hoje são lucrativas.”

O único presidente do G20 que não se vacinou defende o tratamento precoce

Antes de defender o tratamento precoce, que Bolsonaro mesmo diz ter utilizado para se curar da Covid-19 quando foi contaminado, o presidente criticou medidas que impõe a obrigatoriedade da imunização, como o passaporte da vacina. Vale lembrar que entre todos os presidentes que compõe o G-20, ele foi o único que não se vacinou. “Apoiamos a vacinação, contudo, o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou qualquer obrigação relacionada a vacina.”

Bolsonaro também não esqueceu dos prefeitos e governadores no Brasil que adotaram medidas restritivas durante à pandemia para combater o avanço do vírus. “Sempre defendi combater o vírus e o desemprego de forma simultânea e com a mesma responsabilidade. As medidas de isolamento e lockdown deixaram um legado de inflação em especial nos gêneros alimentícios no mundo todo”, destacou.

E fez fez um marabalismo para converter para dólar todo o auxílio emergencial fornecido pelo governo federal. Trata-se de uma fala distorcida para o programa. “No Brasil, para atender os mais humildes obrigados a ficar em casa por decisão de governadores e prefeitos que perderam suas rendas, concedemos um auxílio emergencial de 800 dólares para 68 milhões de pessoas em 2020”, pontuou.

Bolsonaro também atacou países que já não adotam o tratamento precoce para combate à Covid-19. “Desde o início da pandemia, apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento precoce seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina. Eu mesmo fui um destes que fez o tratamento inicial. Respeitamos a relação médico-paciente na decisão da medicação a ser utilizada e no uso off label. Não entendemos porque muitos países juntamente com grande parte da mídia se colocaram contra o tratamento inicial. A história e a ciência saberão responsabilizar a todos”. 

Atos de 7 de setembro

Bolsonaro também destacou os atos de 7 de setembro que teve como pano de fundo por parte de bolsonaristas pedidos antidemocráticos como fechamento do Supremo Tribunal Federal, destituição de juízes e intervenção militar, foram as “maiores” que o Brasil já viu. “No último sete de setembro, data da nossa Independência, milhões de brasileiros, de forma pacífica e patriótica, foram às ruas, na maior manifestação de nossa história, mostrar que não abrem mão da democracia, das liberdades individuais e de apoio ao nosso governo. Como dehttps://www.facebook.com/plugins/video.php?height=314&href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2FDiariodeGoias%2Fvideos%2F277157614046494%2F&show_text=false&width=560&t=0monstrado, o Brasil vive novos tempos. Na economia temos um dos melhores desempenhos entre os emergentes. Meu governo recuperou a credibilidade externa e hoje se apresenta como um dos melhores destinos para investimentos”.

Veja o discurso na íntegra:

Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.

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