Apesar de ter publicado no domingo (16), um tuíte da jornalista Barbara Gancia, atacando Laura, filha de 11 anos de Jair Bolsonaro com a primeira-dama Michelle Bolsonaro, conteúdo viralizou nesta segunda-feira (17), após gerar revolta entre os apoiadores do presidente.
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Na postagem, Barbara escreveu: “Para bolsonarista imbrochável feito o nosso presidente, quando a filha do Bolsonaro se arruma, ela parece uma puta”, escreveu a jornalista em rede social. Tuíte, que não foi apagado, virou alvo de ameaças de processos contra a profissional, que não justificou o por quê do ataque à uma criança. Após toda a polêmica, a jornalista fechou a conta na rede social e apenas seguidores aprovados poderiam acessá-los.
Barbara Maria Vallarino Gancia tem 65 anos, já foi colunista do jornal Folha de S. Paulo e uma das apresentadoras do programa Saia Justa, do canal GNT. Hoje ela é repórter especial do programa. No currículo, Gancia também aparece como já tendo sido colunista da rádio BandNews FM e apresentadora do programas Parabólica e do Dois na Bola no canal de TV paga BandSports, junto com o narrador esportivo Silvio Luiz.
Jornalista mencionava fala de Bolsonaro sobre ‘venezulanas bonitinhas’
O tweet da jornalista vem em reação a uma declaração que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez em uma entrevista na última sexta-feira (14). Na conversa, o chefe do executivo federal relembrou um episódio que viveu no auge da pandemia em 2020 quando percorria de moto uma região administrativa do Distrito Federal. Na incursão, encontrou meninas venezuelanas, menores de idade e disse que “pintou um clima”.
Ele também disse que as meninas estavam se arrumando para ‘ganhar a vida’ numa referência à prostituição infantil.
“Eu estava em Brasília, na comunidade de São Sebastião, se eu não me engano, em um sábado de moto […] parei a moto em uma esquina, tirei o capacete, e olhei umas menininhas… Três, quatro, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas, num sábado, em uma comunidade, e vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. ‘Posso entrar na sua casa?’ Entrei. Tinha umas 15, 20 meninas, sábado de manhã, se arrumando, todas venezuelanas. E eu pergunto: meninas bonitinhas de 14, 15 anos, se arrumando no sábado para quê? Ganhar a vida”, disse.
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No entanto, uma das mulheres que estavam na casa disse que Bolsonaro deturpou o que estava acontecendo e que não havia indicativo de prostituição no local que funcionava como uma casa de abrigo para refugiados venezuelanos. As meninas estavam bem arrumadas, porque uma brasileira promoveu um Dia de Beleza para as meninas venezuelanas.