O presidente americano Donald Trump disse nesta quinta-feira (25) que os Estados Unidos e o Reino Unido são aliados “inseparáveis”, minutos antes de seu encontro com a primeira-ministra britânica Theresa May.
“Creio que nós estamos na mesma página em todos os assuntos”, disse Trump, apesar dos relatos de que a relação dele com a britânica não é boa.
A reunião entre os dois líderes é o primeiro compromisso do americano em Davos, onde chegou para participar do Fórum Econômico Mundia. Ele fará um discurso às 11h desta sexta (26), no qual prometeu dar uma mensagem de “paz e prosperidade” ao resto do mundo.
Trump chegou em Zurique na tarde desta quinta, pouco antes do planejado, e imediatamente pegou um helicóptero em direção a Davos.
Ao descer do veículo, ele acenou para assessores que o auxiliaram a passar pela neve que atrapalhava o caminho entre a pista de pouso e seu carro.
“Estamos muito felizes de estar aqui. Os Estados Unidos estão indo muito bem e vão continuar assim, serão dois dias muito animados”, disse Trump, que é o primeiro presidente americano a comparecer ao evento desde Bill Clinton em 2000.
Trump deve usar o evento para tentar atrair investidores, mas sua retórica protecionista -exemplificada pelo slogan “América em primeiro lugar” é vista com desconfiança pelo público do fórum, tradicionalmente defensor da globalização e do livre-comércio.
“Eu vou para Davos para fazer as pessoas investirem nos Estados Unidos”, disse o americano na quarta (24), pouco antes de embarcar em seu voo para a Suíça. “Mas não creio que eu precisava ir, porque as pessoas já vêm [para os EUA], eles vêm em uma grande quantidade”.
Também na quarta, dois assessores de Trump se manifestaram defendendo a política do presidente.
O secretário do Tesouro dos EUA, Steve Mnuchin, disse em Davos que o “América em primeiro lugar” significa que “o presidente Trump está cuidando dos interesses dos trabalhadores americanos e dos interesses dos EUA, da mesma forma que espera que outros líderes cuidem dos interesses de seus cidadãos”. Mas ele também afirmou que lema “também significa trabalhar com o resto do mundo”.
Já o secretário de Comércio americano, Wilbur Ross, disse que as recentes ações dos EUA em relação ao comércio foram causadas por “comportamento inadequado por parte de nossos parceiros comerciais”.
Na segunda-feira (22), Washington impôs tarifas comerciais contra painéis solares e máquinas de lavar, importados especialmente da China, num movimento que marca o endurecimento das relações comerciais dos Estados Unidos com o país asiático
As declarações foram vistas como resposta a uma série de declarações de líderes internacionais em defesa da globalização e com críticas ao protecionismo, entre eles a alemã Angela Merkel, o francês Emmanuel Macron e a própria May. (Folhapress)