Mulher que escondeu corpo da filha em escaninho é condenada a mais de 18 anos de prisão

A professora Márcia Zaccarelli, acusada de matar e esconder o corpo da filha recém-nascida por cinco anos no escaninho no prédio onde morava, foi condenada pelo júri popular a 18 anos e 8 meses de prisão. O julgamento foi realizado nesta quarta-feira (1°) no Fórum Cível de Goiânia.

De acordo com o juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri da Comarca de Goiânia, Márcia foi considerada culpada pelo assassinato e também por ocultar o cadáver da criança, no Setor Bueno. Márcia cumprirá a pena em regime fechado na Penitenciária Odenir Guimarães.  

Durante o julgamento, Márcia afirmou que a morte da criança foi acidental e que a ideia de esconder o corpo foi do ex-companheiro Glácio de Souza Costa. Segundo ela, a recém-nascida morreu nos braços dela. No entanto, o júri, composto por três mulheres e quatro homens, entendeu que a professora é culpada pelo crime, e agiu com frieza ao tampar o nariz da própria filha para matá-la.

Márcia poderá recorrer da decisão em liberdade. 

O caso

Márcia Zacarelli deu a luz à uma menina no dia 15 de março de 2011, depois de esconder a gravidez de familiares e amigos, pois a criança seria fruto de um relacionamento extraconjugal e, seu marido havia feito vasectomia, ou seja, não poderia ter filhos.

No dia do nascimento da criança, a professora sentiu as contrações, e foi ao hospital com um amigo, que pagou para que ela fizesse um parto cesárea. Um dia depois, Márcia recebeu alta, foi para casa e matou a criança por asfixia, tampando o nariz. Em seguida, ela colocou o corpo dentro de uma bolsa e levou para o escaninho do prédio onde morava.