Após o aceite de Sandro Mabel ao convite de Ronaldo Caiado (UB) para ser o pré-candidato da base aliada do governador à prefeitura de Goiânia, agora, as especulações giram em torno da escolha do vice. Em entrevista ao editor do Diário de Goiás, Altair Tavares, o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (MDB), falou sobre a responsabilidade da decisão, citou possíveis nomes para o cargo e exemplificou a importância de uma escolha bem pensada, comparando com o que aconteceu com Goiânia na última eleição municipal.
O ex-prefeito de Aparecida destacou que, nestas eleições, a escolha do vice será especialmente considerada pelos eleitores, citando o episódio da morte de Maguito Vilela, tendo o posto assumido por Rogério Cruz (Republicanos), seu vice à época. “Essa eleição, talvez como poucas, tanto Aparecida, Goiânia e outras cidades, a figura do vice vai ser notada, tendo em vista o que aconteceu aqui na capital quando o nosso queridíssimo, para mim, sempre líder, mentor, Maguito, infelizmente partiu, e a figura do vice assumiu a prefeitura – todo respeito e carinho que eu tenho à figura humana do Rogério – mas que não conseguiu dar sequência ao trabalho”, pontuou Gustavo Mendanha.
Nesse sentido, Mendanha reiterou a importância de pensar em um nome que trabalhe de forma conjunta com Sandro Mabel e a base aliada do governador. “ O vice vai ter um papel muito importante e que nós tenhamos aqui, por parte de Goiânia, Aparecida, Anápolis, Rio Verde, e outras cidades, muita responsabilidade na escolha do vice”, ressaltou.
Como possíveis apostas, Mendanha evidenciou alguns nomes, entre eles, Ana Paula Rezende, que já descartou possibilidade de pré-candidatura como prefeita, Romário Policarpo (Patriota), presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Bruno Peixoto (UB), presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) e Paulo Ortegal (MDB), que foi muito ligado a Iris Rezende.
Acho que tem grandes nomes, eu colocaria aqui Ana Paula, filha do Iris, ela sempre disse que não tinha o desejo de disputar a eleição como prefeita, mas que poderia ser vice. Romário Policarpo é uma figura que tem que ser respeitada pelo seu histórico, pela sua força na Câmara Municipal. Acho que tem a figura do Bruno Peixoto que é presidente da Assembleia, que tem que ser consultado, talvez também tenha algum nome que possa estar agregando. Eu poderia falar aqui do Paulinho Ortegal, muito ligado ao Iris, que eu tenho relação de amizade.
Gustavo Mendanha
De acordo com Gustavo Mendanha, uma boa estratégia seria colocar também algum nome do segmento evangélico, de modo a aumentar a representatividade no meio político. “Eu também colocaria aqui nesse hall uma figura ligada ao segmento evangélico. O Sandro é católico. Essa é uma discussão que a gente sempre tem buscado fazer, a importância de ter nomes que possam ter representatividade, e eu não deixaria de consultar o segmento evangélico. Aí você tem figuras que são importantes, que estão próximas ao Governador: Bispo Oides, Aloísio, enfim, Sinomar, Abinair, que são figuras, assim, respeitadas para não dizer demais nomes aqui”, destacou.
Mendanha também falou sobre a possibilidade de indicação do nome da esposa, Mayara Mendanha, cotada para vice e colocada por alguns candidatos. “Eu sempre disse que o meu apoio estaria condicionado ao candidato da base, um compromisso que nós fizemos, eu, o governador Ronaldo Caiado e Daniel Vilela. Então, a questão da Mayara, só se realmente fosse um desejo do governador”. E acrescentou: “Nesse momento, eu prefiro que a Mayara fique comigo em Aparecida”, revelou Gustavo.
Por fim, deixou claro que a definição do nome será feita por Sandro. Mendanha finalizou afirmando que os resultados das pesquisas terão peso fundamental nisso. “Até julho a gente tem condição, tanto de ter o trato político para poder fazer essa avaliação política. Mas eu vou fazer o que sempre fiz, defender pesquisas qualitativas para buscar qual o perfil que mais se agrega dentro desta composição”, pontuou.