Foi lançado na manhã desta quarta-feira (24), o Programa de Eficiência Energética do Governo de Goiás. O programa irá priorizar o uso de energias renováveis e implementar ações para reduzir os gastos das unidades consumidoras do Poder Público Estadual. A iniciativa propõe a redução de investimentos e de despesas com energia e visa gerar uma economia de R$ 125 milhões em 5 anos.

Em entrevista a Altair Tavares, o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, explicou que o investimento será feito integralmente pelo setor privado e a contratação do serviço será realizada por meio de uma licitação. “Seja por grupo A que é através do mercado livre, seja pelo grupo B que é através da geração distribuída, mas os dois serão contratados mediante um processo licitatório no qual você compra energia, exigindo que essa energia não seja de qualquer fonte. Ela obrigatoriamente tem que ser de uma fonte limpa”, explicou.

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Gasto anual está estimado em R$ 122 milhões ao ano. (Fonte: Governo de Goiás).

Vamos ampliar o fornecimento e, ao mesmo tempo, gerar uma economia brutal para os cofres do estado. E com isso também garantir que o estado, tudo aquilo que ele consome de energia, venha de fontes limpas.

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Adriano da Rocha Lima

Um outro benefício destacado pelo secretário é que a economia adquirida com a implantação do programa será direcionada para programas do Governo que vão beneficiar diretamente a população. “A cada cinco anos, um ano sai de graça em termos de energia. E esse recurso, que agora é gasto com energia, será direcionado para programas do Governo, programas que vão beneficiar diretamente a população. Então, é uma forma de você gastar melhor, ao invés de gastar com energia, economizar e investir naquilo que é prioritário para a população”, frisou.

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Também presente na solenidade de lançamento do programa, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado apontou como interessante a análise do secretário sobre o redirecionamento da verba pública e ressaltou: “Além de priorizar a produção em Goiás, nós estamos conseguindo diminuir o custo do Estado, que poderá, com esse dinheiro, construir ou policlínicas, ou escolas, ou realizar o aluguel de carros para nossas forças seguranças e da administração direta”.

Demanda ao Ministério de Minas e Energia

Em entrevista coletiva, Caiado afirmou que esteve em reunião com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e deixou a ele claro que uma das demandas que Goiás tem é falta de oferta de energia. Segundo o governador, esse é um dos fatores que faz com que o Estado não tenha uma maior expansão. “Isso é uma demanda que tem sido fator de estrangulamento do desenvolvimento do Estado de Goiás”, disse Caiado.

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Em entrevista coletiva, Caiado afirmou que esteve em reunião com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. (Foto: Diário de Goiás).

“Levamos regiões onde o nosso Vale do Paraguai, a região Norte, de Niquelândia, chegando até Águas Lindas, tem sofrido muito também pela falta de oferta de energia. E ele fez um compromisso conosco de que, realmente, a partir do próximo ano, ele destinará linhas de transmissão para que realmente as energias cheguem a essa região também”, afirmou o governador.

Segundo Caiado, Goiás é o estado que tem maior potencial de construção de PCHs, que são as pequenas centrais hidroelétricas, mas que o Ministério de Minas e Energia nunca favoreceu em termos de leilões para a energia gerada por essas centrais. “Essa foi uma das demandas que nós fizemos também ao ministro no dia da reunião”.

Avaliação da Equatorial

Na avaliação do diretor de relações institucionais da Equatorial, Humberto Eustáquio o projeto é muito interessante ao utilizar uma inteligência da área do Governo aproveitando as mudanças que estão acontecendo no mercado de energia. “Esse ano nós tivemos em janeiro a liberação de pequenos consumidores do grupo A. O governo do estado está aproveitando essa janela e vai contratar para as unidades consumidoras que ali se enquadra esse fornecimento de energia.

Questionado se a Equatorial iria participar da comercialização de energia, Humberto afirmou que a empresa está ligada a outra pertencente ao grupo focada em energia eólica e solar. “O grupo tem todo o interesse, agora precisamos ver essa questão que o secretário disse que no caso seriam apenas as unidades geradoras que estão do Estado por enquanto”, afirmou em entrevista a Altair Tavares.

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