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Cidades
| Em 2 anos atrás

MPGO quer antecipar julgamento da ação sobre uso de câmeras em fardas da PM, em Anápolis

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O Ministério Público de Goiás (MPGO), entrou com pedido, na última terça-feira (11), peLa antecipação do julgamento da ação civil que requer a instalação de câmera em fardas de policiais militares de Anápolis. Entre outras medidas impostas a policiais vinculados à 31ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM)/Comando de Policiamento Especializado (CPE) está também a instalação de escutas e gravação.

O pedido de julgamento antecipado foi feito em audiência de conciliação entre promotores na Vara da Fazenda Pública Estadual de Anápolis. Os integrantes do MP justificam a antecipação em razão de a ação ser embasada em prova pré-constituída e por tratar de fatos notórios. Conforme o Código de Processo Civil, o julgamento antecipado do pedido pode ocorrer quando não houver necessidade de produção de outras provas.

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Na audiência, os procuradores do Estado Fernando Iunes Machado e Túlio Roberto Ribeiro pediram a suspensão da ação pelo prazo de 30 dias, para “levar a questão aos atores políticos, bem como à Assembleia Legislativa e indagar sobre o andamento político da matéria”. Os pedidos feitos em audiência serão decididos pela juíza Mônice de Souza Balian Zacariotti.

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Na ação, os promotores destacaram os índices de mortes em confrontos em Anápolis, que representam 42,4% do total de ocorrências deste tipo no Estado, entre 2020 e 2022, como uma das justificativas para a adoção das medidas requeridas. Mencionaram também a redução significativa, de até 60%, do uso de força por agentes de segurança em Estados que adotaram as câmeras em fardas, como Rondônia, Santa Catarina e São Paulo.

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Além da instalação de câmeras nas fardas de policiais militares vinculados à 31ª CIPM, a ação requer a determinação para implementação de uma série de outras providências visando à execução de uma política pública piloto, de prevenção da ocorrência de mortes em situações de confronto, transparência nas abordagens policiais e eficiência das investigações.

Entre as medidas requeridas estão:
• fornecimento e efetivo uso de equipamentos não letais pelo efetivo, além de qualificação para esse uso;
• instalação e efetivo uso de equipamentos de localização por satélite (GPS) em todas as viaturas da PM e correspondente sistema informatizado para o armazenamento das gravações;
• instalação e efetivo uso de equipamentos de escuta e gravação ambiental em todas as viaturas da PM e correspondente sistema informatizado para o armazenamento das gravações;
• em relação às câmeras nas fardas, a utilização de software que permita que tais gravações sejam criptografadas, impedindo qualquer tipo de edição;
• instalação e efetivo uso, na Central de Operações da Polícia Militar (Copom) de Anápolis, de equipamentos que garantam a conservação dos mapas e relatórios de deslocamento das viaturas captados por GPS, em condições adequadas para consulta, pelo prazo mínimo de dez anos;
• instalação, no âmbito das instituições policiais militares, de equipamentos que garantam a conservação das gravações, em condições adequadas para consulta, pelo prazo mínimo de dez anos;
• instalação, no Copom, de equipamentos que garantam a conservação das chamadas telefônicas, em condições adequadas para consulta, pelo prazo mínimo de dez anos;
• estabelecimento, por normas administrativas da Polícia Militar ou da Secretaria de Segurança Pública, da obrigatoriedade de toda viatura ou policial militar operar permanentemente com o monitoramento das câmeras, assim como dos equipamentos de localização por satélite, escuta, gravação ambiental e correspondente sistema para o armazenamento das gravações.

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Tags: mpgoPMGO