O Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) ajuizou ação civil pública nesta terça-feira (28), com pedido de tutela de urgência de liminar, contra a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), para que a instituição realize novo vestibular para o curso de Medicina em até 30 dias.
Segundo o MPF-GO, a PUC-GO deverá ainda utilizar as notas obtidas pelos candidatos nas edições passadas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para ingresso. Além disso, a ação requere a abertura de nova turma do curso, no segundo semestre deste ano, para os aprovados neste vestibular.
O vestibular que deveria ter sido realizado no dia 25 de junho foi suspenso pela Universidade no início do mês com o argumento de que as investigações sobre a tentativa de fraude no processo seletivo de 7 de novembro de 2015 ainda não foram concluídas.
No dia 14 de junho, o MPF sugeriu que a PUC-GO utilizasse as notas do Enem para ingresso no curso de Medicina. À época, a PUC-GO ficou de informar ao Ministério se faria ou não outro vestibular.
Para a autora da ação, procuradora da República Mariane Guimarães de Mello Oliveira, a não realização do vestibular e não abertura de nova turma do curso de Medicina poderá trazer prejuízos socioeducacionais, o que impacta os estudantes, médicos, professores e atendimento médico à população goiana, uma vez que os alunos de Medicina da PUC-GO prestam atendimento em programas de atenção básica em saúde, além de prejudicar a oferta de vagas pelo Programa Universidade Para Todos (ProUni).
A PUC-GO foi procurada pelo Diário de Goiás, mas até o fechamento desta reportagem não havia se posicionado sobre o assunto.
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