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| Em 5 anos atrás

MP solicita medidas para evitar colapso no transporte

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Evitar que o sistema de transporte coletivo entre em colapso total é um dos objetivos da ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público de Goiás contra o Estado, os 19 municípios que integram a Região Metropolitana de Goiânia (RMG), a Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC), a Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), o RedeMob Consórcio e as cinco empresas detentoras da operação no sistema na Região Metropolitana de Goiânia. Na prática, o MP quer obrigar os acionados à adotarem uma série de medidas que vão evitar um possível colapso no sistema de transporte.

No último domingo (14/06) a Viação Reunidas anunciou a paralisação dos serviços de transporte alegando dificuldades para pagar os funcionários por conta da crise em consequência da baixa demanda do transporte no período de distancimento social. O MP, requereu que se promova a intervenção da Viação Reunidas, com a concessão de tutela de urgência para antecipada pela CDTC e a CMTC.  Para o MP, a paralisação foi indevida.

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O Estado e os municípios que integram a Rede Metropolitana de Transporte deveram apresentar dentro dos próximos dez dias um estudo técnico com definição do aporte financeiro para manutenção do sistema de transporte. 

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Considerando os termos da legislação própria e das normas sobre a situação de emergência no Estado, independente de suspensão ou não do serviço pelas concessionárias, o MP-GO exige que a CMTC assuma diretamente o Centro de Controle Operacional, bem como da bilhetagem do serviço de transporte coletivo, para viabilizar o planejamento e sua execução adequada.

O Redemob Consórcio já abriu mão da gestão dos Terminais e Plataformas repassando-as para as próprias empresas as tocarem.

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Plano de ação

O MP-GO pediu, ainda, que, durante a pandemia, a CDTC elabore um plano de ação para o período, sobre os aspectos econômicos e administrativos e soluções para as demandas do setor, com divulgação semanal das medidas adotadas e apresentação de relatório em juízo.

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Em relação à Rápido Araguaia Ltda., Cooperativa de Transporte do Estado de Goiás (Cootego), Metrobus Transporte Coletivo S/A e HP Transportes Coletivos Ltda., o MP-GO pede a proibição de qualquer paralisação total ou parcial, sob pena de multa a ser fixada na decisão.

O processo visa ainda obter a liminar para que a CMTC possa requisitar, se entender necessário, ônibus e infraestrutura de terceiros ou que contrate emergencialmente outra empresa para viabilizar a continuidade do serviço público durante a pandemia.

A apresentação de relatório da CMTC de avaliações econômico-financeira da concessão deverá ser apresentado em juízo, devendo o Estado e os municípios da RMG fazer a destinação de verba, prevista na legislação que estabeleceu o Programa Federativo de enfrentamento à Covid-19, no limite de suas obrigações, para garantir o funcionamento do serviço público de forma adequada, eficiente, segura e contínua.

Por fim, se após a pandemia, sendo constatada a inviabilidade dos contratos de concessão nos moldes atuais que sejam mantidas algumas das medidas liminares, descritas no processo, como os pedidos 1 a 5, do item 12.

A ação é assinada pelo coordenador da Área de Meio Ambiente e do Consumidor do Centro de Apoio Operacional do MP-GO, Delson Leone Júnior, e os promotores de Justiça com atuação na área Maria Cristina de Miranda e Reuder Cavalcante. A ação apresenta uma análise contextualizada do problema do sistema que envolvem a superlotação, aglomerações em terminais, quantidade de viagens, e outros pontos que levam à ineficiência do serviço. 

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.