Um concurso realizado pela prefeitura de Gouvelândia foi alvo de representação no Ministério Público de Goiás (MPGO). As provas ocorreram em 3 de dezembro e o resultado foi divulgado na terça-feira (9) com a aprovação de 39 candidatos e formação de cadastro de reserva.
Administrada pelo prefeito Fausto Caiado Barbosa, a cidade vive outro problema. Desde esta quinta-feira (11), os trabalhadores da limpeza urbana, contratados por uma empresa terceirizada, pararam de trabalhar apontando falta de pagamento.
No caso do concurso, em denúncia anônima ao Diário de Goiás, uma pessoa alegou que houve candidato que fez a prova e que depois não teve o nome na lista do resultado. Na lista o candidato que compareceu deveria constar aprovado, cadastro de reserva ou eliminado.
Além disso, o anônimo apontou, sem citar quais ou enviar provas, que pessoas sem a escolaridade exigida teriam sido aprovadas. Contudo, o teor da representação que chegou à 3ª Promotoria local, e qual andamento a denúncia terá, ainda não foi confirmado.
O procurador Jurídico da Prefeitura de Gouvelândia, Marcos André Rocha Andrade, disse que a prefeitura não foi procurada por candidatos com essas queixas. “Não houve requerimento algum a respeito. Soubemos pelas redes sociais que uma candidata falou sobre o nome não estar na lista”, declarou.
Em seguida, ele completou dizendo que, mesmo sem ser provocado oficialmente, o município encaminhou a queixa divulgada nas redes sociais para a banca realizadora do concurso que está avaliando o caso. “O cidadão tem todo direito de requerer do Ministério Público uma apuração e nós de esclarecer”, pontuou.
Sobre a paralisação dos trabalhadores da limpeza urbana, o procurador confirmou o problema e atribuiu à empresa terceirizada, Pac Services. Ele afirmou que a empresa está recebendo da Prefeitura de Gouvelândia, mas não estaria pagando os empregados lotados no município – ela também presta serviços em outra cidade.
Conforme ele, nesta quinta já não houve varrição das ruas de Gouvelândia. “Se a limpeza for comprometida, o município vai agir emergencialmente. Mas a empresa foi notificada e começa a ter o pagamento cortado a cada dia sem a prestação do serviço”, destacou.
O procurador salientou ainda que a empresa foi contratada na gestão anterior e atende o município desde 2020. De acordo com ele, em dezembro houve outro atraso e foi preciso o município chamar os servidores e apresentar os comprovantes de que os repasses à empresa estavam regulares.
A reportagem fez contato por telefone com a empresa Pac Services em Rio Verde e abre espaço para a manifestação da empresa.