O Ministério Público de Goiás (MPGO) vai recorrer da decisão que mandou soltar o médico Nicodemos Júnior Estanislau de Morais. O ginecologista foi denunciado por 53 mulheres e ficou preso em Anápolis por cinco dias. Ele foi libertado na segunda-feira (4) após determinação da Justiça.
O recurso será protocolado pela 8ª Promotoria de Justiça de Anápolis. Em nota, o MPGO disse que entende que a concessão de liberdade ao médico “está equivocada ao ignorar os relatos de mais de 50 vítimas.”
De acordo com a promotora de Justiça Camila Fernandes Mendonça, a prisão é necessária para a garantia da ordem pública. Ela argumenta ainda que a detenção dele colabora para conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal.
O médico Nicodemos Júnior Estanislau de Morais foi solto após decisão judicial nesta segunda. O juiz Adriano Roberto Linhares Camargo considerou que o ginecologista tem residência fixa e é réu primário.
O despacho determina que ele não entre em contato com as vítimas, tampouco exerça a profissão. O ginecologista deverá ficar em casa e será monitorado por uma tornozeleira eletrônica.
Segundo a Polícia Civil, 53 mulheres procuraram a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) para denunciar o médico. Há relatos de que ele tirava fotos das partes íntimas das vítimas. Morais também é acusado de estupro de vulnerável contra uma paciente que tinha, à época, 12 anos de idade.
Ele deve responder por abuso sexual mediante fraude e estupro de vulnerável.