Política

MP Eleitoral pede que PF investigue suposto crime eleitoral cometido pelo Frigorífico Goiás

O Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) pediu à Polícia Federal (PF) a instauração de um inquérito policial com o objetivo de investigar suposto crime eleitoral cometido pelo Frigorífico Goiás, que, no dia da votação, atraiu centenas de pessoas e gerou tumulto com uma ação promocional de picanha por R$ 22 o quilo para consumidor que estivesse vestindo a camisa da seleção brasileira.

A promoção, conhecida como “picanha mito”, que usava o número e a imagem do presidente Jair Bolsonaro (PL), pode configurar propaganda eleitoral análoga à de boca de urna com arregimentação de eleitores, divulgação de propaganda de partido político ou de seu candidato e a publicação de conteúdos nas aplicações de internet no dia das eleições.

Segundo o procurador regional eleitoral auxiliar José Ricardo Teixeira Alves, autor da requisição, esses são os possíveis crimes cometidos, conforme o art. 39, § 5.º, incisos II, III e IV, da Lei n.º 9.504/97, e o art. 299 do Código Eleitoral, após uma primeira análise do ocorrido.

LEIA TAMBÉM: Mulher morre após acidente em tumulto no frigorífico que fazia promoção da ‘picanha mito’

Vale lembrar que, na véspera das eleições, a coligação liderada pelo PL entrou com uma representação para pedir a suspensão da promoção e a retirada da divulgação na redes sociais. O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) acolheu o pedido e deferiu medida liminar.

O apoio do Frigorífico Goiás a Bolsonaro não é nenhuma novidade. A empresa é famosa pela defesa intransigente do presidente nas redes sociais e fez promoção semelhante em 2018. Quando o candidato ainda estava no PSL, vendeu peças de carnes a R$ 17,00, número na urna do partido, que, depois, se juntou ao DEM, formando o União Brasil. A iniciativa rendeu uma ação na Justiça Eleitoral por propaganda irregular.

Em maio de 2021, a empresa virou destaque ao presentear Bolsonaro com uma peça nobre de picanha da raça japonesa wagyu, com preço R$1.799,99. Quem ficou responsável por assar a iguaria foi o ‘churrasqueiro dos artistas’ Tchê. Inclusive, o Frigorífico Goiás, que já teve o cantor Gusttavo Lima em seus quadros societários, usou a foto desse encontro para promover a promoção.

Com informações do Ministério Público Federal

Marcelo Mariano

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