O senador da República pelo Rio de Janeiro e filho do presidente Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) por peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha no caso das rachadinhas ocorridas supostamente em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) à época que era deputado estadual no Rio. A denúncia foi oferecida à justiça em 19 de outubro, mas só agora veio ao conhecimento da imprensa.
O possível esquema ficou conhecido e tem como principal operador o policial reformado Fabrício Queiroz, ex-assessor e que seria o responsável por movimentar todo o dinheiro que seria devolvido de assessores do gabinete de Flávio para Queiroz, a prática conhecida como rachadina, quando o assessor pega parte de seu salário e devolve para o político.
O MP denunciou também, além de Flávio Bolsonaro e seu ex-assessor Fabrício Queiroz, mais outras quinze pessoas que também são investigadas pelos mesmos crimes: peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia está à disposição, agora, da justiça e se for aceita todos eles se tornam réus.
As investigações contra Flávio Bolsonaro são devido às movimentações financeiras consideradas atípicas e descobertas pelo antigo Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A intensa e alta movimentação financeira de Fabrício Queiroz foi determinante para as investigações, que também perceberam outras movimentações de outros 75 assessores do então deputado Flávio Bolsonaro. O suposto esquema teria ocorrido entre 2007 a 2018.
Em junho deste ano Queiroz chegou a ser preso, ele estava escondido em um sítio de propriedade de um ex-advogado da família Bolsonaro, mas foi solto para cumprir prisão domiciliar após uma decisão do desembargador João Otávio Noronha.
Após a denúncia oferecida pelo MP, Flávio Bolsonaro ainda não se manifestou sobre o caso até o encerramento desta reportagem.