Empresas do transporte coletivo de Goiânia e Região Metropolitana não chegaram a um novo acordo com os sindicatos dos motoristas (Sindittransporte e Sindicoletivo). Os trabalhadores devem entrar em greve a partir do primeiro minuto de segunda-feira, 23.
Na última reunião entre as categorias, ontem, os sindicatos dos motoristas afirmaram que só não farão paralisação, se as empresas aceitarem a proposta de 10%. De acordo com o presidente do Sindicoletivo, Carlos Alberto Luiz dos Santos, “se o Setransp acatar a proposta dos trabalhadores, a greve para imediatamente e não será necessário uma nova assembleia. Caso contrário, a greve se mantém a partir de 00:00 de segunda-feira”.
O vice-presidente do Sindittransporte, Adedimar Gonçalves, afirmou que o sindicato vai acompanhar de perto se as empresas vão demitir ou não os trabalhadores por causa do impasse, e pela possiblidade de greve na semana que vem.
Segundo a desembargadora e presidente do Tribunal Regional do Trabalho, Elza Silveira, a audiência de ontem foi a quinta tentativa de conciliação entre os grupos. E ainda na busca para solucionar o problema, foi marcada uma nova audiência para segunda-feira, às 10 horas.
De acordo com o a desembargadora, o grande impasse da situação é a volta da manobra. “A proposta das empresas era conversar com a CMTC para colocar o Corujão na madrugada, mas os motoristas estão receosos de que o usuário utilizando o mesmo ônibus que o trabalhador, eles possam correr algum risco”, afirmou.
Além do reajuste de 10% no salário, e 23% no ticket-alimentação, os motoristas exigem a volta da manobra ou uma indenização no valor de R$ 250,00.
Ainda não foi definido o percentual de trabalhadores que continuarão nas ruas durante a greve.