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Cidades
| Em 1 ano atrás

Motoristas e empresas tentam conciliação para impedir paralisação do transporte coletivo de Goiânia e região

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Representados pelo Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (Sindicoletivo), motoristas volta a se reunir nesta sexta-feira (23/06), no Ministério Público do Trabalho de Goiás (MPT-GO) com as empresas representados pelo Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Goiânia (SET). Na pauta: o reajuste salarial e melhores condições de trabalho.

Como o Diário de Goiás tem mostrado, as negociações se arrastam desde o ano passado e as conversas foram intensificadas no começo de abril, sempre com a tese de que a paralisação poderia ocorrer em algum momento. Na mesa de negociações está uma proposta do SET que chega a 7%. Os motoristas querem 15%. O procurador do Ministério Público do Trabalho que faz a conciliação entre as partes propôs 11%, além de uma ajuda de custo que chega a R$ 300,00.

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De acordo com o apurado pelo Diário de Goiás, com o diretor-financeiro do Sindicoletivo, Sérgio Reis, a categoria vai levar os 11% para deliberação na Assembleia, caso o SET também aceite o percentual. “A tendência é que aceitemos essas condições”, declarou à reportagem. “Mas temos de ver, não dá para bater o martelo antes de nos reunirmos com todos os motoristas”. As empresas não comentam o assunto.

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Do lado do SET, a proposta apresentada pode chegar a 10,21% a partir de setembro. “Na reunião inicial, o SET apresentou as razões financeiras da proposta feita pelas concessionárias, de reajuste salarial de 7%, sendo que a inflação no período foi de 5,5% e um ganho real de 1,5% acima da inflação, além de outro aumento real com a mudança da data base para 1 de setembro de 3%, com ganho real de 0,7%, totalizando em 2023 um aumento de 10,21% e um ganho real estimado de 2,2%.”, destacou por meio de nota.

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Questionado se os motoristas poderiam cruzar os braços caso a categoria não chegue a um acordo com o SET, Sérgio Reis foi categórico. “Com certeza”.

Em entrevista concedida recentemente ao DG, Sérgio Reis pontuou o que estava à mesa nas negociações. “A negociação está acontecendo desde o ano passado e não temos números consistentes. O SET já pegou da pandemia para cá mais de 70% de reajuste enquanto nós trabalhadores, pagamos menos de 10%. É bem provável que deva haver paralisação se eles não fizerem uma boa proposta nos próximos dias”, pontuou.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.