O transporte coletivo na região metropolitana de Goiânia pode parar de funcionar dentro das próximas semanas por falta de acordo entre motoristas e os donos das empresas numa eventual falta de reajuste salarial. Os trabalhadores alegam que não tem tido avanço nas negociações com empresários representados pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Goiânia e Região Metropolitana (SET).

“A negociação está acontecendo desde o ano passado e não temos números consistentes. O SET já pegou da pandemia para cá mais de 70% de reajuste enquanto nós trabalhadores, pagamos menos de 10%. É bem provável que deva haver paralisação se eles não fizerem uma boa proposta nos próximos dias”, revela ao Diário de Goiás, o presidente do Sindicato do Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana, Sérgio Reis.

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Uma assembleia ainda não foi marcada porque o Governo de Goiás se propôs a intermediar a negociação entre trabalhadores e empresários e, por isso, espera-se que uma resolução positiva aconteça sem que haja necessidade da paralisação. “Está tendo rodadas de negociações até envolvimento com o Governo que não tem autonomia para resolver a questão mas que pode intermediar com o SET. Vamos aguardar o SET para ver se há uma proposta decente”, destaca.

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No entanto, Sérgio Reis garante que a interrupção nos trabalhos ocorrerá se a negociação não avançar. “Se não houver [avanço], vamos marcar Assembleia para deliberar alguma paralisação”, pontua. Na mesa de negociações, estão 15% no reajuste salarial e 20% no ticket. O espaço está aberto para resposta do SET.

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