A Rainha Elizabeth II e o cantor Erasmo Carlos foram duas das várias grandes perdas neste ano. (Fotos: reprodução)
Assim como acontece em todo ano, 2022 termina tendo grandes personalidades que deram adeus. Das dezenas, ou até centenas, de perdas importantes, houve mortes em 2022 que deixaram muitas pessoas surpresas e, claro, tristes. Dentro na enorme lista, o Diário de Goiás separou 13 nomes de pessoas que se foram nos últimos 12 meses. Confira:
Foi uma das primeiras grandes estrelas negras do cinema, com uma pose inovadora e altamente influente. Portier foi, ainda, o primeiro homem negro a ganhar um Óscar de Melhor Ator por “Os Lírios do Campo”, de Ralph Nelson. Morreu aos 94 anos, em Los Angeles, no mês de janeiro, sendo um dos últimos grandes elos à idade de ouro do cinema dos anos 1950 e 60.
Um dos maiores nomes da música brasileira, com uma voz internacional, Elza Soares foi, além de cantora, uma compositora musical e puxadora de samba-enredo brasileira. Em sua carreira, flertou com vários gêneros musicais como samba, jazz, samba-jazz, sambalanço, bossa nova, mpb, soul, rock e música eletrônica. A liberdade foi a grande lição de Elza Soares, que morreu aos 91 anos de forma calma e tranquila, em sua casa, no Rio de Janeiro, em janeiro.
Betty Davis também foi uma cantora e compositora. A artista cantava música de funk estadunidense e foi considerada uma das vozes mais influentes do estilo e aclamada como “Rainha do Funk” no mundo. Davis é lembrada por suas letras controversas e performances marcantes em seus shows ao vivo e, nos anos 1970, deu voz ao erotismo e à sexualidade de uma forma única. Ignorada no seu tempo, foi recuperada como pioneira do seu estilo, morrendo aos 77 anos, nos Estados Unidos em fevereiro.
William McChord Hurt foi um ator estadunidense que recebeu o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes e um Óscar pelo seu desempenho em “O Beijo da Mulher Aranha”. Ele se destacou de uma geração de gigantes italo-americanos, que se chamavam DeNiros ou Pacinos. Morreu aos 71 anos nos Estados Unidos, em março.
O ator morreu aos 67 anos em sua casa na República Dominicana em maio. Raymond Allen Liotta mais conhecido como Ray Liotta, foi um ator e produtor de cinema estadunidense. O artista é mais conhecido por interpretar o papel de Henry Hill no clássico Os Bons Companheiros, também como Paul Krendler em Hannibal e Tommy Vercetti no jogo Grand Theft Auto: Vice City, que marcaram gerações.
Não se sabe ao certo a data em que morreu, mas Dominic Mark Phillips foi dado como morto aos 58 anos na Amazônia. Dom foi um jornalista britânico que trabalhou para os jornais Washington Post, The New York Times e Financial Times e que morou no Brasil de 2007 a 2022, quando desapareceu. Ele morto junto com o indigenista Bruno Araújo Pereira, no Vale do Javari, no Amazonas, enquanto investigavam crimes na região. Desapareceram nos primeiros dias de Junho, sendo encontrados apenas partes dos corpos.
Bruno era o especialista em assuntos indígenas que acompanhava Dom e foi assassinado aos 41 anos durante a expedição na floresta amazônica por causa do seu trabalho de defesa das terras indígenas. Pelo trabalho que desenvolviam, os dois eram vistos como inimigos de vários sectores com interesses na região da Amazónia.
Um dos artistas mais consagrados da televisão brasileira e do Brasil inteiro. Jô Soares se foi, mas será sempre um dos ícones da comédia e do entretenimento. O apresentador de televisão, ator, escritor, pintor, músico, dramaturgo, tradutor, entre muitos outros ofícios ao longo de uma carreira de mais de seis décadas, morreu aos 84 anos, em São Paulo, no mês de agosto.
Olivia Newton-John, foi uma cantora, compositora e atriz britânica, de ascendência alemã e naturalizada australiana. Em um dos seus papéis mais icônicos, protagonizou, ao lado de John Travolta, o filme “Grease – nos tempos da Brilhantina”. Nascida em Inglaterra, cresceu na Austrália e fez sucesso nos EUA. Morreu aos 73 anos, em agosto, nos Estados Unidos.
Das mortes 2022, esta talvez seja uma das mais impactantes. O reinado da monarca britânica, Elizabeth II, foi um recorde de longevidade – foi a rainha com o maior reinado do mundo. Ela assumiu o posto em 6 de fevereiro de 1952, em função da morte de seu pai, o rei George VI, ficando 70 anos e 214 dias à frente da Coroa Britânica. A mulher acompanhou as grandes mudanças políticas, sociais e culturais do século XX e início do milênio, morrendo aos 96 anos, na Escócia, Reino Unido, em setembro.
Outro ícone da música brasileira, Maria da Graça – Gal Costa – cresceu no bairro da Graça, em Salvador da Bahia. Na sua história, bastou uma canção para fixar na memória coletiva a identidade que a projetou no Brasil e no mundo: Meu nome é Gal. Dona de uma voz cristalina que conquistou sucessivas gerações, a cantora Gal Costa morreu em São Paulo, vítima de enfarte em outubro, aos 77 anos.
Outro nome mundial, ícone da música brasileira, Erasmo Carlos foi um dos cantores mais relevantes no movimento Jovem Guarda (onde era conhecido como o “Tremendão”), juntamente com Roberto Carlos, com quem selou uma duradoura parceria em centenas de canções. Há quem diga que o rock nasceu com ele no Rio de Janeiro, onde também morreu, aos 81 anos, em novembro.
Uma das perdas mais recentes, Pedro Paulo Rangel, foi um ator, diretor, tradutor e letrista brasileiro de relevância no Brasil. Ele estava internado com cuidados intensivos na Casa de Saúde São José, na zona sul do Rio de Janeiro, desde de novembro, devido a uma “descompensação do quadro de enfisema pulmonar”, e acabou perdendo a vida neste mês de dezembro, aos 74 anos.