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Categorias: Brasil
| Em 7 anos atrás

Morte de reitor da UFSC não é motivo para falsear opinião, dizem entidades

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Entidades representativas de servidores que trabalham na Operação Ouvidos Moucos, que apura supostas irregularidades na concessão de bolsas de ensino a distância, divulgaram uma nota nesta segunda-feira (9) em defesa da operação.

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Afastado da reitoria da UFSC em decorrência das investigações, o reitor Luiz Carlos Cancellier cometeu suicídio na última semana. “Uma tragédia pessoal não deveria ser utilizada para manipular a opinião pública, razão pela qual as autoridades públicas em questão, em respeito ao investigado e a sua família, recusam-se a participar de um debate nessas condições”, diz o texto.

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“Ao contrário do que vem sendo afirmado por quem quer se aproveitar de uma tragédia para fins políticos”, afirmam as entidades, “no Brasil os critérios usados para uma prisão processual, ou sua revogação, são controlados, restritos e rígidos”.

Assinam o documento a Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), a ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), a ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), a Ajufesc (Associação dos Juízes Federais de Santa Catarina), a Unacon (Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle) e o Fonacate (Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado).

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“Ao tempo em que lamentam a morte do reitor Luiz Carlos Cancellier e se solidarizam com sua família nesse momento de dor, vêm a público repudiar afirmações de eventuais exageros.”

Cancellier morreu aos 59 na última segunda (2) após despencar do quinto andar no vão central de um shopping de Florianópolis. O reitor e seis professores da UFSC foram alvo da operação deflagrada em setembro. Cancellier não era suspeito de desvio de recursos, mas de tentar intervir em uma apuração interna.

Preso provisoriamente por um dia e solto por outra decisão judicial, o reitor, segundo familiares e amigos, cometeu suicídio. Em seu bolso, foi encontrado um bilhete com os dizeres, conforme reprodução divulgada por familiares: “A minha morte foi decretada quando fui banido da universidade!!!”. A morte causou reação em círculos acadêmicos e políticos. Segundo críticos da operação, houve arbitrariedades.

De acordo com o corregedor da UFSC, porém, Cancellier exerceu pressão durante a investigação. (Folhapress)

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