A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretária Municipal de Saúde (SMS), montou um sistema de monitoramento para prevenir a circulação do vírus da febre amarela. Um trabalho de supervisão de óbitos de macacos aponta que a morte do animal é um dos principais indicativos para a circulação do vírus. A SMS acredita que detectar a doença nos chamados Primatas Não Humanos (PNH) auxilia nas técnicas de prevenção da doença em humanos.
A diretoria de Vigilância em Zoonoses da SMS Goiânia realizou cerca de 19 exames de necropsias em macacos encontrados na capital e em municípios do interior. Em 2015, foram registradas quatro mortes de macacos em Goiânia. Neste ano também foram encontrados macacos mortos em Goiânia, além da confirmação da morte de um homem de 27 anos contaminado pelo vírus da febre amarela.
Os animais não são considerados transmissores diretos do vírus para o homem, porém, são considerados canal de contaminação. A doença é transmitida através dos mosquitos Haemagogus e Aedes aegypti, que podem se alimentar tanto do sangue dos primatas quanto de humanos.
Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim, a morte de macacos é considerada um evento de sentinela para o monitoramento da febre amarela em uma região. “Ao detectar a presença desses animais mortos é necessária uma investigação para identificar a doença, pois significa que há grande possibilidade de futura ocorrência em humanos”, afirma a superintendente.
A vacina ainda é considera a forma mais eficaz de prevenir a doença e de se proteger contra o vírus. A medicação age em torno de 98% de eficácia em pessoas que não contêm problemas de imunidade. De acordo com dados da administração municipal, desde dezembro de 2015, após a confirmação da circulação do vírus na capital em julho de 2016, campanhas preventivas foram intensificadas e salas de vacinação estão disponíveis em unidades de saúde.
“As pessoas devem ficar atentas e atualizar o cartão vacinal. Apesar do aumento da cobertura, cerca de 235 mil pessoas em Goiânia ainda precisam se imunizar e é muito importante que a população não imunizada procure um dos postos”, ressalta Flúvia Amorim. O combate aos mosquitos Haemagogus e Aedes aegypti também é uma forma de controle da doença.
A diretoria de Vigilância em Zoonoses da SMS orienta que caso seja identificado um macaco morto a população deve informar ao órgão. O serviço é gratuito e funciona todos os dias da semana. Os telefones são: (62) 3524-3131, até às 17h, e 3524-3130, após as 17h, finais de semana e feriados.