O juiz federal Sérgio Moro afirmou, em despacho, nesta quinta-feira (17), que a interceptação telefônica de uma ligação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff ocorreu duas horas depois de ele determinar a suspensão das gravações.

Segundo o juiz, foi determinado o fim da interceptação telefônica às 11h12. No entanto, entre a decisão e o cumprimento da ordem, novo diálogo entre os petistas foi colhido às 13h32. “Não havia reparado antes no ponto [horário]”, disse.

Publicidade

“Como havia justa causa e autorização legal para a interceptação, não vislumbro maiores problemas no ocorrido”, ressaltou Sérgio Moro, que não acredita na necessidade de exclusão do diálogo “considerando seu conteúdo relevante no contexto das investigações”, completou.

Publicidade

O foro privilegiado da presidente, para o juiz, não altera o quadro pois “o interceptado era o investigado [Lula] e não a autoridade, sendo a comunicação interceptada fortuitamente”. Sérgio Moro ainda disse que caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir definitivamente sobre essas questões, quando receber o processo.

Publicidade

Grampo

No fim da tarde desta quarta-feira (16), o juiz federal Sérgio Moro retirou o sigilo das investigações que se referem ao ex-presidente e liberou, também, a gravação de uma ligação entre Lula e Dilma Rousseff.

“Eu tô mandando o ‘bessias’ junto com o papel para gente ter ele, e só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse, tá?”, disse a presidente na ligação.

Publicidade

De acordo com o Palácio do Planalto, a assinatura do termo de posse de Lula como ministro-chefe da Casa Civil teria sido antecipada para garantir a ele foro privilegiado imediatamente. Ainda segundo o governo federal, Lula não poderia comparecer à cerimônia de posse nesta quinta-feira, por isso foi enviado o termo de posse.

Com informações da Agência Brasil

Leia mais:

Publicidade