O ministro da Secretaria-Geral, Moreira Franco, classificou como “infundadas” as críticas feitas pela ex-presidente Dilma Rousseff de que ela não permitiu que ele roubasse no período em que estava à frente da Secretaria de Aviação Civil.
Nas redes sociais, o ministro enumerou conquistas do governo peemedebista e disse que elas diferenciam “corrupção” de “trabalho” e “competência”. Segundo ele, os resultados econômicos negativos da administração petista que o fizeram sair do cargo.
Em entrevista ao jornal “Valor Econômico”, publicada nesta sexta-feira (17), Dilma disse que, na época, chamou o então vice-presidente, Michel Temer, e disse que Moreira não tinha como permanecer no cargo.
“Seu governo legou 12 milhões de desempregados. O nosso abre vagas com carteira assinada, depois de 22 meses em queda. O governo Dilma atraia empresas ‘amigas’ e afastava investidores. O nosso atraiu os maiores operadores estrangeiros de aeroportos. Em seis anos, Dilma não conseguiu entregar as obras de transposição do rio São Francisco. Nos entregamos em seis meses”, disse.
O peemedebista foi ministro em duas áreas no primeiro mandato da petista: foi responsável pela pasta dos Assuntos Estratégicos de 2011 a 2013, com status de ministro, e comandou a Aviação Civil até o fim de 2014. Depois, foi substituído por Eliseu Padilha, atual ministro da Casa Civil, e deixou o governo.
Na entrevista, a presidente ainda classificou Michel Temer como “fraco” e “medroso” e disse que seu “capítulo preferido” na Operação Lava Jato são as perguntas que o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) encaminhou a Temer na Justiça Federal.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou que não se pronunciará sobre as acusações. (Folhapress)