O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, não acatou o pedido de liberdade provisória do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (STF) Anderson Torres e sua prisão se mantém. O ex-ministro de Jair Bolsonaro está preso desde o dia 14 de janeiro deste ano, no 4° Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), no Guará.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu a revogação da prisão de Torres, desde que seguisse medidas cautelares alternativas, como o uso de tornozeleira eletrônica; proibição de sair da capital federal; proibição de manter contato com os demais investigados; e manutenção do afastamento do cargo de delegado de Polícia Federal.
Na tentativa de “convencer” Moraes, a defesa de Torres argumentou que ele não ocupa nenhum cargo no governo do DF e que a permanência da prisão não vai interferir nas investigações. No documento endereçado a ministro do STF, a defesa também argumenta que, mesmo estando nos Estados Unidos, Torres “buscou conter a crise instalada, a qual não imaginava que poderia acontecer”. Mesmo assim, Moraes decidiu por manter a prisão.
Moraes determinou que a Polícia Federal ouça, mais uma vez, Anderson Torres. A oitiva vai ser realizada na segunda-feira (24/4), na sede da PF. Ele será questionado sobre os atos de 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes. Moraes, relator do processo que investiga os atos golpistas, aceitou o pedido da própria PF, que quer ouvir o ex-gestor da SSP.
Portanto, o ex-secretário vai ser interrogado na condição de declarante. O ex-secretário trocou de defesa recentemente, que entregou ao STF as senhas de e-mails e acesso à nuvem do celular de Torres, que teria sido perdido na viagem dele aos Estados Unidos. A informação foi confirmada pela reportagem.