Brasil

Moraes manda juntar apurações sobre milícia digital e ataques de Bolsonaro à urna

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira, 10, que a investigação das notícias falsas divulgadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre as urnas eletrônicas seja incorporada ao inquérito das milícias digitais.

A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que em março sugeriu a fusão das duas frentes da apuração por entender que os fatos precisavam ser investigados em conjunto. Ao final da investigação, a PGR precisa decidir se denuncia o presidente ou arquiva o caso.

O inquérito das milícias digitais mira a atuação coordenada de grupos na internet para divulgar notícias falsas e atacar opositores bolsonaristas e instituições democráticas. Depois que o inquérito das fake news esfriou no STF, a investigação se tornou a frente com maior potencial explosivo contra aliados do presidente.

Até o momento, a Polícia Federal apontou a “atuação orquestrada” de apoiadores do governo para promover notícias falsas e ataques antidemocráticos, usando para isso até mesmo a estrutura do chamado “gabinete do ódio”. Entre os investigados estão o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) e o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).

O presidente já havia sido incluído formalmente como investigado no inquérito. A diferença agora é que, pela convergência, a investigação das milícias digitais vai incorporar a apuração sobre os ataques de Bolsonaro ao sistema eletrônico de votação. A junção ocorre em um momento de escalada das investidas bolsonaristas contra a Justiça Eleitoral.

Em relatórios entregues ao STF, a Polícia Federal (PF) relacionou a investigação ao discurso do presidente na live em que ele lançou suspeitas infundadas sobre a segurança das urnas. A PF apontou “semelhança no modo de agir”, “aderência ao escopo descrito na hipótese criminal” e “atuação direta de Bolsonaro na promoção da ação de desinformação”.

A investigação das milícias digitais nasceu de uma queda de braço entre Moraes e o procurador-geral da República Augusto Aras. Na época, Aras exigiu o arquivamento de outra apuração contra aliados e apoiadores do presidente: o inquérito dos atos antidemocráticos. Antes de encerrá-lo, porém, o ministro autorizou o intercâmbio de provas e mandou rastrear o que chamou de “organização criminosa”.

A investigação das notícias falsas divulgadas pelo presidente sobre as urnas, por sua vez, foi aberta a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que também instaurou um inquérito administrativo em reação aos ataques de Bolsonaro. (Por Rayssa Motta/Estadão Conteúdo)

Redação / Diário de Goiás

Notícias Recentes

Gustavo Mendanha é anunciado como coordenador da campanha de Leandro Vilela em Aparecida

Na manhã desta quarta-feira (15), o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, foi anunciado…

15/08/2024

Em Goiás, o comércio varejista cresce pelo 7º mês seguido

O comércio varejista em Goiás cresceu pelo sétimo mês seguido, com alta de 5,9%, na…

15/08/2024

STF suspende pagamento de emendas impositivas

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta quarta-feira (14), a suspensão…

15/08/2024

Lojistas de Goiânia e Aparecida são suspeitos de comercializar peças de veículos furtados em MG

Nesta quinta-feira (15), a Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão…

15/08/2024

Ministério da Saúde irá instituir comitê de operação de emergência para mpox, afirma Nísia Trindade

Na última quarta-feira (14), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o cenário de…

15/08/2024

Goiânia ocupa 1° lugar nos anos iniciais do Ideb

Goiânia é destaque no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), levantamento que mede a…

15/08/2024