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Moradores protestam contra a saída de padre negro em Adamantina

Cerca de duas mil pessoas, segundo os organizadores, participaram do protesto, que teve início na frente da igreja matriz, após o padre Wilson encerrar a missa. Os manifestantes carregaram faixas, pedindo o fim do preconceito contra o padre e manifestando o apoio da população local a ele.

Adamantina – Moradores de Adamantina, no interior de São Paulo, se vestiram de preto e carregaram velas e faixas em um protesto, na noite de sábado, 6, pelas principais ruas do centro da cidade, contra a substituição do padre Wilson Luís Ramos, o primeiro padre católico negro da cidade.

Cerca de duas mil pessoas, segundo os organizadores, participaram do protesto, que teve início na frente da igreja matriz, após o padre Wilson encerrar a missa. Os manifestantes carregaram faixas, pedindo o fim do preconceito contra o padre e manifestando o apoio da população local a ele.

Ramos, que é responsável pela igreja matriz de Adamantina, é vítima de preconceito por parte de um grupo de fiéis, que pediu sua saída da cidade ao bispo de Marília, Dom Luiz Antônio Cipoli. O grupo é contra com a opção que o padre fez pelos pobres e jovens excluídos, que, desde que ele assumiu a matriz há dois anos, passaram a frequentar a principal igreja da cidade.

Na tarde de sexta-feira, Cipoli divulgou uma circular anunciando a transferência. Ele pede que Ramos deixe a cidade até terça-feira, 9. O padre será transferido para o Santuário Nossa Senhora de Fátima, de Dracena (SP).

Em seu lugar assumirá o padre Rui Rodrigues da Silva no dia 14 de dezembro.

O anúncio revoltou integrantes do Conselho de Pastoral da Paróquia, que havia se reunido pela manhã com o bispo pedindo que ele desse o prazo de um ano para fazer uma substituição “sem traumas”. “Ele decidiu tudo na calada”, disse um dos integrantes do conselho. Segundo ele, a maior revolta em Adamantina é com o fato de o bispo substituir o padre sem um motivo aparente.

“Nunca existiu divisão de paróquia alguma, como o bispo alegou. O que podemos afirmar é que o preconceito imperou em nossa cidade”, afirmou.

Marcley Matos

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