Moradores do interior, em especial da Região Metropolitana de Goiânia, têm vindo à capital se vacinar contra a Covid-19 o que atrapalha o planejamento da Secretaria de Saúde na aplicação das doses do imunizante. É o que alerta o superintendente de Vigilância da Prefeitura de Goiânia, Yves Mauro Ternes em entrevista nesta terça-feira (27/04) à Rádio Bandeirantes Goiânia.

O superintendente explicou a importância da estratégia de vacinação em municípios vizinhos, levando em consideração a grande procura por pessoas residentes em outros locais. “A vacina que nós recebemos é direcionada ao público residente em Goiânia. Nós temos tido várias situações, que a procura por pessoas do interior em Goiânia tem sido considerável e isso prejudica o nosso planejamento para fazer a vacinação da população residente. Por isso é importante que todos os municípios, principalmente do entorno, usem a mesma estratégia de grupos para fazer a ampliação da vacinação contra a influenza”, declarou.

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“A gente só descobre quando no caso da vacinação contra Covid, nós lançamos o CPF do paciente no sistema e ele vem como origem de residência em outro município. E essa dose que foi administrada pelo paciente de outro município aqui, não é de fácil essa redistribuição da dose. Então nós temos que priorizar a vacinação dos residentes de Goiânia, visto que as doses são enviadas conforme população residente do próprio município”, ressaltou.

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Questionado sobre quantas doses a Prefeitura de Goiânia aplicou em moradores do interior, Yves alegou ser preciso aguardar um posicionamento da Secretaria Estadual de Saúde, mas adiantou que trata-se de um “número considerável de pessoas” que vacinam com comprovante de endereço de terceiros. “Mesmo sendo feita a exigência do comprovante de residência, não é obrigatório que o comprovante seja no nome do paciente. Os idosos, muitos deles não tem um comprovante no nome, tem um comprovante no nome do filho ou de algum parente próximo e aí, consequentemente, estamos sujeitos a essa situação”, explicou.

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