Mais um indicador mostra que maio foi um mês difícil para a atividade econômica. Segundo o monitor do PIB (Produto Interno Bruto) da Fundação Getulio Vargas, a economia brasileira perdeu 1,5% em maio em relação a abril e 1,8% na comparação com igual período do ano passado.
No trimestre encerrado em maio, a queda foi de 1% em relação ao trimestre anterior.
Mais uma vez, os efeitos da greve dos caminhoneiros foram a principal justificativa para o desempenho ruim.
O destaque negativo foi a indústria da transformação (queda de 9,1% sobre maio de 2017), interrompendo a trajetória ascendente de dez meses consecutivos. Construção caiu 4,5% e, na atividade de serviços, os setores mais atingidos foram transportes (-14,6%) e comércio (-4,4%).
Pelo lado da demanda, as quedas foram mais acentuadas nas atividades de consumo das famílias (-0,3%) e no consumo (-7,8%). A taxa de investimento foi de 16,5% do PIB no trimestre móvel findo em maio.
Divulgado em meados de julho, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), considerado uma espécie de prévia do PIB, divulgada pelo Banco Central, já havia acusado perdas em maio. Na comparação com maio de 2017, o IBC-Br recuou 2,9%, caindo 3,34% na comparação com abril.
Os indicadores tentam antecipar os dados oficiais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que saem no fim de agosto. (Folhapress)