O Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro (TCM-RJ) foi acionado pela vereadora Monica Benicio (PSOL-RJ) em desfavor do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), na quinta-feira (15). A vereadora solicita que o órgão apure possível ato de improbidade administrativa, verificando se o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro utilizou a Câmara para espionagem ilegal da Agência Brasileira de Informações, a Abin paralela.
Conforme o documento enviado por Monica Benicio, o objetivo seria apurar “possíveis irregularidades cometidas contra o patrimônio público”. A operação da Polícia Federal foi deflagrada dia 29 de janeiro e um dos mandados de busca e apreensão foi no gabinete de Carlos Bolsonaro, em que foram apreendidos nove computadores.
A investigação definiu que Carlos Bolsonaro recebia informações da Abin sobre investigações em andamento na Polícia Federal contra a família Bolsonaro, dados repassados pelo ex-diretor da Agência, Alexandre Ramagem.
Caso a improbidade administrativa denunciada por Monica Benicio seja comprovada, Carlos Bolsonaro poderá ter os direitos políticos suspensos e o mandato cassado. Conforme a representação feita ao TCM, há suspeita de que o filho do ex-presidente do Brasil tenha praticado enriquecimento ilícito, seguindo o que está previsto na Lei de Improbidade Administrativa.