O fotógrafo peruano Mario Testino, famoso por seus retratos de celebridades e do mundo do glamour, é acusado de ter assediado sexualmente ao menos 13 homens, incluindo assistentes e modelos.
Segundo o jornal “The New York Times”, os abusos mais antigos datam de mais de 20 anos. Pelas acusações, o fotógrafo teria feito investidas sexuais contra as vítimas por vários meios, inclusive, masturbação.
A mesma reportagem também traz 15 acusações similares contra outro conhecido fotógrafo, Bruce Weber, que já havia recebido outras denúncias de assédio.
Ouvidos pela publicação americana, representantes de Testino afirmaram que ele estava “surpreso” com as acusações.
Jason Fedele, um dos modelos ouvidos pela reportagem, afirmou que não havia como não avançar na carreira sem se submeter a posar nu para Testino. Outro modelo o chama de “predador sexual”.
Mais uma das supostas vítimas, Ryan Locke descreve um modus operandi muito semelhante ao de Harvey Weinstein, produtor cinematográfico fulminado pelas mesmas acusações.
Segundo ele, o fotógrafo recebia os modelos em seu quarto de hotel, trajando apenas um robe.
Locke diz que numa das ocasiões, Testino mandou que todos saíssem do ambiente e o obrigou a deitar na cama, onde fez avanços sobre o modelo, que fugiu de suas investidas.
Na reportagem, um ex-assistente também diz que era comum que o fotógrafo só contratasse homens jovens para trabalhar com ele e que, em algum momento, faria uma abordagem mais agressiva.
Testino já trabalhou produzindo fotos para as grifes Gucci, Bruberry e Dolce & Gabbana. Ele também era querido de celebridades, e fez retratos da primeira filha de Madonna para a revista “Vanity Fair” e do noivado do príncipe William com Kate Middleton.
Habitué no Brasil, Testino já fotografou a modelo Gisele Bündchen e o casal de atores Chay Suede e Laura Neiva, entre outros.