A montadora da Mitsubishi Motors de Catalão anunciou nesta sexta-feira (2), por nota divulgada à imprensa, que realiza ajustes no quadro de funcionários e, assim, haverá demissões.
Em entrevista ao Diário de Goiás, o Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (Simecat) informou que foram desligados aproximadamente 400 funcionários da empresa, nesta sexta-feira (2), que possuía o quadro total de 2.500.
Segundo o Sindicato, assim que as demissões começaram, representantes sindicais já se mobilizaram e iniciaram protesto na porta da empresa. “Além de descumprir uma decisão legal, eles não tiveram responsabilidade social em relação aos funcionários”, afirmou a assessoria de imprensa.
Ainda de acordo com o Simecat, a empresa possuía um acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de manter os funcionários empregados até o último dia de setembro. No entanto, a partir da segunda-feira seguinte, 4 de outubro, os funcionários teriam férias coletivas e retornariam no dia 31 de outubro, até o momento que a empresa ainda não deveria desligá-los.
O Sindicato já está organizando novos protestos que serão realizados na segunda-feira (4), com o objetivo de fazer com que a Mitsubishi reintegre, pelo menos, uma parte dos funcionários.
“Se não houver possibilidade de reintegrar, a gente propõe alternativas, como pagamento de um salário e extensão de cesta básica por um ou dois meses, para não deixar essas pessoas, que são pais de família, sem condições de sustentar a família”, respondeu a assessoria.
“A queda de 21,4% nas vendas de automóveis entre janeiro e agosto impôs à MMC Automotores do Brasil um ajuste no quadro de colaboradores da fábrica de Catalão (GO), onde são produzidos 85% dos modelos vendidos no País. A montadora empreendeu todos os esforços possíveis para preservar o nível de emprego e prestará todo o apoio aos colaboradores desligados. A MMC, cujo capital é 100% nacional, acredita no futuro do país e na recuperação do mercado automotivo. Por isso, investiu R$ 1,3 bilhão em Catalão entre 2010 e 2015 e mantém os planos de lançar novos produtos no mercado nacional nos próximos anos”.