O ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, disse nesta quarta-feira (31) que recebeu com surpresa e preocupação o anúncio da fusão da pasta com a Agricultura.
Ele afirma que os dois órgãos são de imensa relevância nacional e internacional e têm agendas próprias, que se sobrepõem apenas em uma pequena fração de suas competências e que o novo ministério teria dificuldades operacionais que poderiam resultar em danos para as duas agendas.
“Os dois órgãos são de imensa relevância nacional e internacional e têm agendas próprias, que se sobrepõem apenas em uma pequena fração de suas competências”, diz o ministro, em nota.
O ministro afirma ainda que a pasta ambiental conversa com diversas agendas públicas e extrapola cada uma delas, o que, consequentemente, justifica uma estrutura própria e fortalecida.
“O novo ministério que surgiria com a fusão do MMA e do MAPA teria dificuldades operacionais que poderiam resultar em danos para as duas agendas”, diz a nota, salientando em seguida os possíveis prejuízos econômicos -já apontados por especialistas- por parte do agronegócio.
A questão da sobrecarga de uma agenda tão ampla sob responsabilidade de um único ministro também é apontada como um possível problema por Duarte.
Segundo ele, isso ameaçaria o protagonismo da representação brasileira em fóruns globais.
“Temos uma grande responsabilidade com o futuro da humanidade. Fragilizar a autoridade representada pelo Ministério do Meio Ambiente, no momento em que a preocupação com a crise climática se intensifica, seria temerário”, diz Duarte.