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Categorias: Economia
| Em 7 anos atrás

Ministro defende privatização da Eletrobras em carta a parlamentares

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Depois de enfrentar resistência de parlamentares, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, enviou uma carta a líderes partidários no Congresso para tentar conquistar apoio à proposta de privatização da Eletrobras.

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No texto, o ministro defende a operação, afirma que a empresa “está drenando recursos públicos” e aponta que os passivos da companhia somam valores que superam os R$ 100 bilhões.

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O governo acredita que não precisará do aval do Congresso para autorizar a privatização em si, mas será necessário alterar uma legislação para permitir o processo de descotização da Eletrobras. Por isso, Coelho iniciou um trabalho para atrair apoio de deputados e senadores.

O ministro diz na carta que “não foi possível debater o tema com a antecedência desejada” e argumenta que empenhou esforços para tentar reduzir os prejuízos da companhia ao longo de sua gestão.

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“Esse modelo de financiamento de ineficiências está exaurido. Uma empresa que deveria gerar valor para a sociedade está drenando recursos públicos escassos”, afirma o ministro.

Ele cita, como exemplos, prejuízos superiores a R$ 20 bilhões em investimentos nas usinas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio, outros R$ 20 bilhões em custos de geração de energia em sistemas isolados, e R$ 10 bilhões em custos com a paralisação nas obras de Angra 3.

Para aplacar críticas de alguns parlamentares, Coelho diz que “a atuação estatal direta não é mais imprescindível para garantir o fornecimento de energia elétrica aos consumidores”.

“Ainda assim, a prevalência dos interesses estratégicos nacionais, como a recuperação do rio São Francisco, será garantida por um modelo que estabelece o poder de veto da União, por meio de uma golden share, e por contrapartidas específicas”, acrescenta.

O ministro compara a proposta de desestatização com os casos de privatização da Vale e da Embraer, que “aumentaram exponencialmente a geração de empregos, a arrecadação de impostos e os investimentos decorrentes de suas atividades”. (Folhapress)

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