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Categorias: Brasil
| Em 7 anos atrás

Ministro de Temer põe em dúvida pagamento feito por mulher de coronel

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O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) colocou em dúvida que a mulher do coronel João Baptista Lima tenha pago despesas de uma obra da filha do presidente Michel Temer. Segundo ele, o presidente é alvo de perseguição e conspiração.

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“Eu não sei se ele está dizendo a verdade. Eu não tenho como afirmar que isso é verdade e vejo como mais um capítulo dessa novela de perseguição”, respondeu Marun ao ser questionado sobre matéria publicada nesta quinta-feira (12) pela Folha de S.Paulo.

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Na reportagem, um fornecedor afirma que uma reforma na casa de Maristela Temer, filha do presidente, foi paga com dinheiro vivo por Maria Rita Fratezi, mulher de Lima, amigo pessoal do presidente e alvo de investigações da Polícia Federal.

Piero Cosulich, dono da Ibiza Acabamentos, uma das empresas que entregaram material na residência de Maristela, em Pinheiros, bairro nobre de São Paulo, afirmou à reportagem da Folha de S.Paulo que Fratezi era quem levava, pessoalmente, o dinheiro na loja.

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Inicialmente, Marun tentou se esquivar da pergunta feita pela reportagem, dizendo que não se pode acreditar em tudo que um delator fala. “Temos que parar com essa visão de que o que fala o delator é uma absoluta verdade”, disse.

Ao ter sua declaração contestada, já que não se trata de depoimento de um colaborador da Justiça, o ministro mudou o tom.

De acordo com ele, é necessário ter um mínimo de zelo” com a figura do presidente. “A forma como alguns se dirigem a ele nas colocações é uma prova de que está havendo uma perseguição”.

Para Marun, é natural que Temer viaje a São Paulo, nesta quinta, para conversar com seus advogados após o ataque, nas palavras dele, que tem sofrido. “Alguém que sofre um ataque e uma perseguição dessas, se não tivesse algum tipo de cuidado, seria irresponsável. E a última coisa que ele é, é irresponsável”.

Defesa

Em meio ao cerco da Justiça a seus aliados e familiares, Temer decidiu ir na tarde desta quinta a São Paulo para se reunir com advogados. Oficialmente não constam compromissos na agenda do presidente no período da tarde.

De acordo com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, os compromissos agendados na capital paulista são de ordem privada, e a viagem já estava prevista.

Nesta semana, o coronel Lima e José Yunes, ex-assessor do presidente, se tornaram réus, por determinação da Justiça Federal no DF, em investigações que apuram a formação de organização criminosa.

Na quarta (11), a Justiça federal no Rio Grande do Norte determinou que o presidente seja uma das testemunhas de dois ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves, ambos presos na Lava Jato. (Folhapress) 

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