O ministro da Educação, Camilo Santana, revelou em primeira mão, por meio da rede social X (antigo Twitter), qual o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, realizada por estudantes de todo o país, neste domingo (3). Este ano, o tema escolhido foi: “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”.
A redação representa 20% da nota final do exame e é um fator determinante no resultado final para os estudantes, sendo especulada durante o ano todo por alunos e professores. A prova de redação exige a produção de um texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo, com até 30 linhas.
A partir do tema proposto, da situação-problema apresentada e dos textos motivadores, os candidatos devem construir o texto seguindo as competências exigidas pelo exame. Entre elas: domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa; compreensão da proposta e aplicação dos conceitos pertinentes ao tema; interpretação de informações, fatos e opiniões sobre o tema; capacidade de argumentação e elaboração de uma proposta de intervenção para o problema abordado.
Alguns critérios podem fazer com que a nota da redação seja zerada, o que compromete consideravelmente a nota final do candidato e pode significar a não entrada na universidade e curso desejados. Um dos critérios principais é a fuga ao tema, texto até sete linhas, além de trecho deliberadamente desconectado do tema, desobediência à estrutura dissertativo-argumentativa e desrespeito à seriedade do exame.
Geralmente, os temas envolvem discussões pertinentes às atualidades, envolvendo questões em voga na sociedade brasileira e que permitem o debate com interdisciplinaridade. Na edição do ano passado, o tema da redação do Enem 2023 trouxe como proposta “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”, discutindo os desafios da mulher diante da necessidade de conciliar a rotina dupla, no mercado de trabalho e no lar, e este ano, trata de outra minoria, a herança africana no país.