A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, pediu a prisão “imediatamente” de Robinho, jogador condenado por violência sexual contra uma mulher embriagada na Itália, em 2013. “Cadeia imediatamente, não tenho outra palavra para falar. Ainda cabe recurso, mas o vazamento dos áudios, gente. Querem mais o quê? Cadeia. Nenhum estuprador pode ser aplaudido. O cara quer voltar para o campo para posar como herói”, declarou a ministra ao participar de um evento com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, na manhã desta segunda-feira (19/10).
O jogador foi condenado em primeira instância pela justiça italiana, ele ainda não pode ser preso neste momento que está o processo. As investigações correm em segredo de justiça, mas o Globo Esporte, da TV Globo, teve acesso a áudios gravados autorizados pela justiça em que Robinho conversa sobre o caso com outros amigos. Damares disse ainda que esse é um crime que não merece nenhuma consideração. “O clube já reviu, e parabéns ao Santos por ter rescindido. Eu sei que ainda cabe recurso, mas acho que está muito claro. O vazamento dos áudios está muito claro, a forma como isso chegou para nós. Esse é um crime que não merece nenhuma consideração ao abusador, ao estuprador. A gente não tem que fazer concessão com esse tipo de crime. Tem que cumprir a pena que é estabelecida, ou lá ou aqui, imediatamente”, concluiu a ministra.
A violência sexual, como foi definida pelo Ministério Público da Itália, ocorreu na madrugada de 22 janeiro de 2013, em uma boate em Milão, Itália. Robinho e mais cinco amigos teriam abusado de uma jovem albanesa, que estava, segundo as investigações, embriagada. Os investigadores encontraram material genético de um dos supostos agressores no vestido da vítima. Robinho confessou que teve relação com a mulher, mas que foi consensual. Após as gravações de ligações telefônicas dos acusados autorizadas pela justiça daquele país, a decisão do juiz foi de que isso já é “auto-acusatório”.