A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou, nesta terça-feira (21), que o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, destinará mais R$ 202 milhões para ações de saúde no Rio Grande do Sul. A grande preocupação é com o enfrentamento de doenças decorrentes das enchentes enfrentadas pela população gaúcha, como surtos de leptospirose e outras doenças infecciosas.
Somente o Ministério da Saúde já destinou mais de R$ 1,7 bilhão ao Rio Grande do Sul para ampliação e a manutenção da assistência à saúde. Conforme a ministra, o desafio não é somente para o Estado, mas também “é um desafio para o Brasil”. “O desafio hoje do Rio Grande do Sul não é só um desafio do Estado, não é um desafio dos municípios afetados, sejam os mais de 40 em calamidade, sejam os mais de 300 classificados como em emergência”, destacou Nísia.
A previsão do Ministério da Saúde é de que 33 municípios sejam beneficiados. O montante será dividido em R$ 76,3 milhões oriundos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Outros R$ 59,6 milhões serão liberados via portarias a serem publicadas. Do total anunciado nesta terça (21), R$ 135,9 milhões são de recursos para reconstrução e fortalecimento da rede de saúde gaúcha.
Além das ações, a Saúde destinou também R$ 66,3 milhões em recursos emergenciais para investimento na compra de medicamentos e insumos para a atenção primária. A ministra relatou preocupação especial com doenças infecciosas. “No quadro sanitário atual, temos falado da preocupação com doenças infecciosas, como é o caso da leptospirose, para a qual também já temos protocolo de orientação”, ressaltou Nísia.
Ainda segundo Nísia, está previsto um recurso de custeio para o atendimento de adultos com síndrome respiratória aguda grave. “As doenças respiratórias são uma grande preocupação neste momento”, destacou. A pasta vai destinar, em parcela única, para o Rio Grande do Sul R$ 56,6 milhões para esse enfrentamento.
Conforme o último boletim divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, nesta terça (21), o número de mortes registradas em decorrência das enchentes subiu para 161. Atualmente, pelo menos 654,19 mil gaúchos ainda estão fora das residências, sendo 581.633 desalojados – aqueles que tiveram de sair de seus lares e estão acolhidos em casas de familiares, amigos ou conhecidos – e outras 72.561 pessoas estão morando temporariamente em um dos 839 abrigos cadastrados pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Rio Grande do Sul.
Com informações da Agência Brasil