A pancadaria ocorrida no clássico do 1º Turno do Campeonato Brasileiro da Série B entre Goiás e Vila Nova pode acarretar uma decisão radical para o encontro dos times no returno da competição.
O Ministério Público do Estado através do promotor Sandro Henrique Barros, coordenador do GFUT (Grupo de Atuação Especial em Grandes Eventos do Futebol), entrou com uma ação contra Vila Nova, Goiás, Federação Goiana de Futebol, CBF e Agetop, solicitando que a próxima partida entre os clubes seja disputado com torcida única, no caso o Vila Nova como mandante do confronto no returno do Brasileirão.
O promotor pede ainda que todas as próximas partidas entre os rivais continuem sendo realizadas com torcida única até que o Serra Dourada seja setorizado e tenha controle de acesso via biometria. O processo está com o juiz Élcio Vicente da Silva, da 3ª Varaa da Fazenda Pública Estadual para decisão liminar de torcida única imediata. Caso seja deferido o pedido do MP pelo juiz, o Goiás promete recorrer ao Tribunal de Justiça do Estado.
A partida entre colorados e esmeraldinos está programada para o dia 14 de outubro no Estádio Serra Dourada, as 19 horas.
Neliana Fraga, diretora jurídica do Vila Nova aprova o pedido do Ministério Público e diz que o clube já buscaria essa alternativa. “Já temos conhecimento desta intenção do Ministério Público e acrescento que o próprio Vila Nova já havia cogitado fazer um requerimento nesse sentido, estávamos analisando essa possibilidade. Considerando o que aconteceu no primeiro clássico enxergamos como uma medida certa e viável”, afirmou a advogada em entrevista à Rádio 730.
O Goiás através de Mauro Machado, assessor da presidência se pronunciou e se mostrou contrário a possibilidade de um clássico apenas com uma torcida. “Não concordamos de maneira nenhuma com essa solicitação do Ministério Público. O fato de ter tido problemas no jogo anterior não é motivo para essa medida em um jogo de tamanha importância para as duas equipes. Brigas infelizmente são rotineiras e por esse simples motivo nós a princípio não concordamos. Entedemos que tem que ser um jogo para as duas torcidas e em último caso já que não é para ter problemas com torcida que faça com portões fechados”.