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Categorias: Brasil
| Em 8 anos atrás

Ministério Público denuncia seis por chacina em Colniza

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O MPE-MT (Ministério Público do Estado de Mato Grosso) formalizou nesta segunda-feira (15) denúncia contra um madeireiro e cinco homens acusados de terem planejado e executado a chacina que matou posseiros e trabalhadores rurais em Colniza (MT).

Os seis são acusados de formação de milícia privada conhecida como “encapuzados” e homicídio qualificado. A motivação do crime, cometido em 19 de abril, seria extrair madeira da área em disputa e em seguida apossá-la.

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Apontado como mandante, Valdelir João de Souza, o “Polaco Marceneiro”, é dono de duas madeireiras em Machadinho D’Oeste (RO), a cerca de 230 km de terra da agrovila Taquaruçu do Norte, região da chacina. Ele está foragido.

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Souza tem uma área de manejo florestal vizinha à área tomada pelos posseiros, que ocupam cerca de 20 mil hectares divididos entre 120 famílias. Apenas uma área, de cerca de 3,6 mil hectares, seria do interesse de Souza.

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As duas empresas de Souza, Cedroarana e G.A. Indústria, Comércio e Exportação de Madeiras, têm um longo histórico de problemas com o Ibama, segundo levantamento feito a pedido da reportagem. Desde 2007, foram dez multas por irregularidades, num total de R$ 898,8 mil.

Na lista do denunciados, aparece também o ex-PM de Rondônia Moisés Ferreira de Souza, que tem um mandado de prisão por suposta participação na morte de dois sem-terra em Cujubim-RO, em janeiro do ano passado. Ele também está foragido.

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Até agora, apenas dois dos seis acusados estão presos. Segundo a denúncia, o empresário conseguiu fugir de uma campana policial feita na sua casa, em 30 de abril.

A chacina de Colniza foi o episódio mais grave de violência no campo desde 1996, quando 19 sem-terra foram mortos no massacre de Eldorado do Carajás (PA). (Folhapress)

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