Categorias: Brasil

Ministério Público arquiva parte da investigação do patrimônio de Palocci

A Procuradoria da República do Distrito Federal decidiu arquivar parte de uma investigação, aberta em 2011, para apurar se o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci atuou licitamente em favor de empresas privadas.

Em outro despacho, o procurador responsável pelo procedimento, Frederico Paiva, determinou o desmembramento do caso e a continuidade das investigações que envolviam a relação da empresa de consultoria de Palocci com os grupos Caoa e Pão de Açúcar.

Paiva arquivou a apuração que mirava em aproximadamente 20 empresas. Para o procurador, nesses casos, não foi possível identificar provas de que Palocci tenha cometido crimes.

“Se houve ou não tráfico de influência, ou qualquer atitude ilícita que demonstrasse sua deslealdade aos princípios regentes da administração pública, até o momento não houve indício ou prova dessa ocorrência[…]”, justifica Frederico Paiva.

A empresa do ex-ministro, Projeto Consultoria, recebeu R$ 24 milhões de diversos grupos privados entre 2008 e 2011, período em que ele foi deputado federal e chefe da Casa Civil.

No que diz respeito à Caoa e ao Pão de Açúcar, de porém, o procurador enxerga a necessidade de aprofundar a apuração. A primeira desembolsou R$ 4,7 milhões à Projeto.

O segundo maior cliente de Palocci foi o escritório de advocacia do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, morto em novembro passado, com R$ 5,3 milhões, mostra o relatório do Coaf.

Segundo reportagem da revista “Época”, os pagamentos tiveram como origem o grupo de supermercados Pão de Açúcar, que contratou ex-ministro para que ajudasse na fusão com as Casas Bahias.

Crítica

Palocci deixou o cargo de ministro em 2011, depois que a Folha revelou a existência da consultoria. Na ocasião, o então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, mandou arquivar o caso na esfera criminal. Uma apuração na área cível continuou.

De acordo com o despacho do procurador Frederico Paiva, a decisão de Gurgel inviabilizou a continuidade do inquérito que apontava para as demais empresas.

“Em relação aos demais contratos, a presente investigação restou prejudicada desde o início, uma vez que o eminente procurador-geral à época da instauração arquivou os fatos sob a ótica criminal, o que inviabilizou medidas invasivas e próprias do direito processual penal”, criticou Paiva, em seu despacho.

(Folhapress)

Leia mais:

Thais Dutra

Notícias Recentes

Advogado do Mobiliza é anunciado como vice por Rogério Cruz na disputa pela prefeitura de Goiânia

Foi oficializado pelo atual prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, o nome do advogado Jaroslaw Daroszewski…

09/08/2024

Campeãs de tudo, Duda e Ana Patrícia conquistam o ouro no vôlei de praia em Paris

A dupla Duda e Ana Patrícia se sagrou campeã olímpica do vôlei de praia em…

09/08/2024

Jogos Olímpicos: Alison dos Santos se supera e conquista bronze nos 400m com barreiras

Mais uma medalha para a coleção! O brasileiro Alison dos Santos, o “Piu”, conquistou a…

09/08/2024

TRE autoriza Paulo Daher a fazer o registro da chapa de vereadores do PP

TRE devolve acesso ao sistema e autoriza Paulo Daher a fazer o registro da chapa;…

09/08/2024

Matheus Ribeiro propõe projeto de capacitação profissional para jovens goianienses

O candidato a prefeito de Goiânia pelo PSDB, Matheus Ribeiro, pretende criar um projeto para…

09/08/2024

Hugol registra mais de 3 mil atendimentos por acidentes de trânsito em 2024

Nos primeiros sete meses de 2024, o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de…

09/08/2024