A Hapvida NotreDame Intermédica, maior operadora de planos de saúde do Brasil, está na mira do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e será investigada por descumprir liminares e decisões judiciais para fornecimento de medicamentos, cirurgias e tratamentos a seus clientes. As informações, divulgadas pelo jornal O Estado de São Paulo, desde então, fizeram até mesmo com que as ações da companhia negociadas na B3 operaram em forte queda.
Um inquérito aberto no dia último dia 12 pela Promotoria do Consumidor, ainda de acordo com o Estadão, mostra que beneficiários da Hapvida alegam que a empresa vem, reiteradamente, ignorando as determinações de liminares na Justiça paulista.
São, ao menos, 80 processos recentes citados pelo inquérito, todos em que a empresa descumpriu as decisões judiciais. O problema piorou, ainda mais, com a fusão da Hapvida com a NotreDame Intermédica, que teve início em 2021 e foi concluída em 2022.
Já em 2023, a Justiça já havia pedido que, agora juntas, a empresa se manifestasse sobre quantas eram as ações judiciais contra ela atualmente e como é o procedimento de cumprimento, mas, além de não cumprir com as decisões, a Hapvida também não teria respondido.
Além disso, o MPSP divulgou que somente na plataforma Reclame Aqui – site brasileiro de reclamações contra empresas sobre atendimento, compra, venda, produtos e serviços – são 492 reclamações sobre o tema, e 107 reclamações no Procon, só em São Paulo.
Na parte econômica, como citado anteriormente, o negócio acabou não indo nada bem. O papel (HAPV3) fechou a quinta-feira (18) com queda de 6,97%, cotado a R$ 4. Isso representa para a operadora de saúde uma perda de R$ 2,2 bilhões em valor de mercado num só pregão. Apesar disso, a Hapvida ainda vale R$ 30,1 bilhões na Bolsa.
A Hapvida NotreDame Intermédica, aliás, não quis se manifestar até o momento.