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Categorias: Brasil
| Em 7 anos atrás

Ministério da Saúde quer proibir refil de refrigerante em fast-food

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O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse nesta terça-feira (13) que a pasta estuda um acordo para tentar retirar a oferta de refil de refrigerantes em redes fast-food.

Caso o acordo com as redes não seja concretizado, o governo planeja enviar um projeto de lei ao Congresso.

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“Isso para nós é um problema muito grave a ser resolvido. Vamos manter a tentativa de um acordo voluntário, senão partiremos para uma ação restritiva”, afirmou.

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Segundo Barros, a estimativa é que o país tenha cerca de mil lojas de restaurantes fast-food que permitem que o cliente “recarregue” os copos de refrigerante. “Pesquisas mostram que aumenta 35% o consumo de refrigerantes se a pessoa compra refil”, completa.

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Ainda de acordo com o ministro, além da restrição ao refil, o governo estuda outras ações para deter o avanço da obesidade -caso de acordos para adoção de “dosadores” de sal e açúcar nas embalagens desses produtos e da proibição a saleiros na mesa de restaurantes.

“O saleiro já é proibido em alguns países e é um caminho que temos que avançar eventualmente”, afirma Barros.

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Menos sódio, mas longe da meta

As propostas foram apresentadas em evento do Ministério da Saúde para divulgar os resultados da quarta etapa de um acordo firmado com a indústria para diminuir a quantidade de sódio nos alimentos industrializados.

Ao todo, já foram retirados 17 mil toneladas de sódio dos alimentos desde 2011, quando o acordo foi firmado. Apesar do avanço, os dados ainda ficam muito abaixo da meta, que prevê a retirada de 28,5 mil toneladas de sódio até 2020.

Isso significa que, em apenas três anos, o país ainda precisa retirar 11,5 mil toneladas de sal dos alimentos.

O presidente da Abia (Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação), Edmundo Klotz, admite que poderá haver dificuldades.

“Eu sei que será muito difícil [atingir] essas 11 mil. Em um primeiro momento, era apenas retirar. Em segundo momento, é preciso a substituição [por uso de sal com sódio reduzido, por exemplo]. E em um terceiro, a completa mudança de formulações.”

A redução da quantidade de sódio, assim, pode “demorar mais” que nas etapas anteriores, diz. “Mas será feito”, afirma.

Novo acordo

Diante do baixo resultado da quarta etapa, a pasta anunciou um novo acordo com a indústria para que haja nova redução no sódio de categorias de alimentos que já haviam sido avaliadas, como pães, massas e bisnaguinhas.

Ao contrário das etapas anteriores, porém, o novo acordo traz metas separadas por ano: nos pães de forma, por exemplo, a ideia é atingir o teor máximo de 450 g de sódio a cada 100 g em 2017, passando a 420 mg em 2018 e 400 mg em 2020. O prazo de duração do acordo, porém, foi estendido: em vez dos três anos previstos inicialmente, passa a cinco anos.

“Não podemos descaracterizar produtos. Não esqueçam da expressão comida de hospital, que ninguém vai comer. É um trabalho muito grande para que possamos ter substitutos e ter alimentos mais saudáveis”, afirma Cláudio Zanão, presidente da Associação das Indústrias de Biscoitos, Massas, Pães e Bolos Industrializados. (Folhapress)

 

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