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Brasil
| Em 3 anos atrás

Ministério da Saúde adia decisão sobre vacinação infantil contra covid-19

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou durante coletiva de imprensa neste sábado, 18, que a decisão sobre a vacinação de crianças e adolescentes dos 5 aos 11 anos contra a covid-19 só será anunciada no próximo dia 5 de janeiro. A pasta também vai abrir uma consulta pública sobre o assunto. Ele afirmou que o prazo é necessário para a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) analisar o tema.

A imunização de crianças e adolescentes dos 5 aos 11 anos foi aprovada no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última quinta-feira, quando a autarquia concedeu permissão para que a Pfizer acrescentasse esta faixa etária na bula da sua vacina contra a covid-19. Um dia depois, Queiroga afirmou que a decisão não era “consensual” e precisaria debatê-la com outros órgãos, como o Conselho Nacional de Justiça

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“Nós queremos discutir esse assunto de maneira aprofundada, porque isso não é um assunto consensual. Há aqueles que defendem, há os que defendem de maneira entusiástica, há os que são contra, então a gente tem que discutir”, disse, em entrevista na porta do ministério.

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Mesmo com aval da Anvisa, cabe ao governo federal fazer a compra das vacinas pediátricas contra covid e decidir sobre sua inclusão no Programa Nacional de Imunização (PNI). A vacinação de crianças encontra respaldo nas evidências apresentadas até aqui pela Pfizer, que passaram por escrutínio de diferentes agências reguladoras internacionais.

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No Brasil, especialistas da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) participaram como consultores externos da análise realizada pela Anvisa e atestaram sobre a segurança e eficácia da imunização nesta faixa etária.

O aval da Anvisa também foi criticado pelo presidente Jair Bolsonaro, que durante sua live semanal voltou a assumir tom negacionista contra a imunização e ameaçou divulgar “extraoficialmente” os nomes dos servidores responsáveis pela autorização. Há pouco mais de um mês, funcionários da agência foram alvos de pelo menos duas ameaças de morte direcionadas à imunização de crianças.

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Ainda na sexta, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, ordenou que o governo federal anunciasse uma decisão sobre a vacinação nesta faixa etária em 48 horas.

Por João Ker, Estadão Conteúdo

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