O jovem era apreciador de ideias nazistas
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), auxiliou a Polícia Civil do estado de Goiás na identificação de um adolescente de 16 anos, suspeito de planejar ataque a uma escola na capital goiana. O menor foi apreendido nesta quinta-feira (27/05).
As informações foram passadas ao Laboratório de Operações Cibernéticas da Seopi pela Embaixada dos Estados Unidos, por meio da Adidância da Polícia de Imigração e Alfândega. Após o compartilhamento com a Polícia Civil goiana, foi cumprido mandado de busca e apreensão na residência do menor. Segundo a polícia, no aparelho celular do menor foram encontrados inúmeros indícios de participação em grupos que planejam massacres a escolas e apoio a ações e doutrina nazista. Além disso, foram localizados anotações e desenhos de cunho violento.
“Crimes planejados pela internet exigem das forças policiais uma atuação conjunta, com troca de informações e cooperação internacional. Mais uma vez o trabalho do Ministério com as forças policiais dos estados permitiu a antecipação de um fato a tempo de salvar vidas,” destacou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.
De acordo com o secretário de Operações Integradas do MJSP, Alfredo Carrijo, “o papel da Secretaria é de fomentar a integração do trabalho de diversos órgãos de segurança pública, tanto a nível nacional, quanto internacional. É essa atuação em conjunto que está desarticulando e impedindo que mais crimes aconteçam”, afirmou.
No último mês, o Ministério da Justiça e Segurança Pública teve papel fundamental na dissolução de ameaças de ataques a escolas no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. A equipe da Secretaria de Operações Integradas identificou as ações planejadas e entrou em contato com as polícias judiciárias das Unidades Federativas.
Entenda o caso:
Um adolescente de 16 anos foi apreendido nesta quinta-feira (27), em Goiânia, suspeito de planejar um massacre em escolas. Segundo a Polícia Civil, os planos do rapaz foram descobertos por uma troca de mensagens que indicava a intenção de atacar os centros de ensino.
O jovem, revelou a PC, participava de grupos que planejam massacres a escolas e de apoio à doutrina nazista.
Em uma troca de mensagens, ele diz que gostaria de construir uma escola nazista, em Cunhataí (SC), que tem a maior parte da população branca.
Também foram encontradas anotações e desenhos feitos à mão, cujas imagens fazem menção ao nazismo. Os policiais também encontraram evidência de ato infracional análogo ao crime de racismo.
A operação teve apoio da Homeland Security Investigations, da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, e Secretaria de Operações Integradas, do Ministério da Justiça.
Foi lavrado um Boletim de Ocorrência Circunstanciado (BOC) contra o menor e ele foi encaminhado à Depai para os procedimentos de praxe. As investigações seguem na Delegacia da Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) para identificação de possíveis outros autores de crimes de racismo e terrorismo.