A atuação das Forças Armadas no Rio de Janeiro, que tem início nesta terça (14), deve ocorrer pelo menos até a quarta-feira (22) da próxima semana, segundo a Folha de S.Paulo apurou.
A previsão é que os militares não atuem diretamente na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), e sim em outras áreas da cidade para permitir que os policiais e a Força Nacional atuem contra possíveis manifestações violentas em frente ao prédio.
A missão contará com a participação de militares das três Forças. A quantidade de homens será definida na manhã desta terça-feira (14). Em seguida, o plano de ação das Forças Armadas será detalhado pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, em entrevista no Rio de Janeiro.
Nesta segunda (13), após pedido do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), o presidente Michel Temer autorizou a atuação das Forças Armadas no Estado.
Ao mencionar a situação do Espírito Santo durante uma declaração à imprensa, o presidente Michel Temer disse que “o governo federal resolveu colocar as Forças Armadas à disposição de toda e qualquer hipótese de desordem no território brasileiro”. Militares foram enviados ao Espírito Santo para conter a violência no Estado.
A mobilização de parentes na porta de batalhões de Polícia Militar no Rio chegou ao seu quarto dia seguido nesta segunda-feira (13). Desde a madrugada de sexta (10) que parentes de policiais impedem a saída de viaturas e homens de farda de batalhões.
A Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) anunciou nesta segunda (13) a suspensão da sessão que votaria projeto de privatização da Cedae (Companhia Estadual e Água e Esgoto), prevista para esta terça (14).
A presidência da Casa não informou o motivo da decisão, mas a reportagem apurou que foi tomada diante dos problemas no patrulhamento da cidade provocados pela mobilização de mulheres de policiais.
“Não faz sentido retirarmos policiais do patrulhamento de outras áreas para proteger a Alerj”, disse um deputado da base do governo. Segundo o novo cronograma, a votação terá início no dia 20.
Além disso, a votação também não teria efeito prático no caixa do governo após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de não conceder a antecipação de efeitos do pacote de socorro negociado com a União.
O projeto de privatização da Cedae é uma das principais medidas do plano de reequilíbrio financeiro anunciado no início do ano por Pezão. Com sua aprovação, o governo espera tomar um empréstimo de R$ 3,5 bilhões, usando como garantia as ações da empresa. (Folhapress)